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Cia. de Dança Palácio das Artes lança vídeo "Lugardepresssão"

Local não informado

Cia. de Dança Palácio das Artes lança vídeo "Lugardepresssão"

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

18/07/21 até 18/07/21

Dom | 12:00 - 13:00


Créditos da imagem: André di Franco

O que move um artista a dançar? Foi a partir desse questionamento e da relação afetiva e emocional do bailarino Léo Garcia com canções populares, que o vídeo "Lugardepresssão” foi criado. Com concepção do próprio Léo Garcia e de Sílvia Maia, bailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA), e de André Di Franco, responsável pela direção das imagens e montagem do vídeo, "Lugardepresssão" mescla reflexões sobre o ato de dançar com cenas do artista atuando em um espaço ao ar livre. O vídeo será lançado neste domingo (18), às 10h, pelas páginas da Fundação Clóvis Salgado no Instagram e no Facebook.

Gravado de maneira espontânea e despretensiosa durante uma tarde de trabalho, "Lugardepresssão" revela reações muito particulares de Léo Garcia sobre músicas de artistas como Rico Dalasam, Belchior, Martinho da Vila e Mart’nália. “Nós não tínhamos um planejamento. O objetivo inicial desse encontro era discutirmos sobre o roteiro de outro trabalho que também estamos produzindo. Durante a conversa, eu comecei a mostrar para o André Di Franco algumas músicas que me emocionam e me deixam bem. Ele percebeu o momento e decidiu ligar a câmera para registrar a conversa”, relembra Léo Garcia.

Entre as músicas citadas por Léo Garcia, a canção “Sonhos” - composição de Peninha que se tornou um clássico na voz de Caetano Veloso - acabou sendo a escolhida pelo André Di Franco (montador do vídeo) como a trilha das cenas em que o bailarino dança a céu aberto. “Em um dos depoimentos do vídeo eu falo que Sonhos é uma música que dança sozinha, por si só. Sonhos é autossuficiente. Mas, ao mesmo tempo, essa canção, que mexe muito comigo, possui um movimento que nos convida. Por isso eu quis dançá-la. Parece contraditório o que estou dizendo. Mas é o que eu acredito”, explica Léo.

Para Sílvia Maia, uma das belezas da dança do bailarino está justamente na forma como o corpo dele se relaciona com os elementos da música. “Na minha visão, a música é uma espécie de entidade, que puxa o corpo para a melodia e a batida. Geralmente, nós, bailarinas e bailarinos, temos a tendência de fugir um pouco disso. Mas eu percebo que o corpo e a dança do Léo aceitam a batida, abraçam a melodia, e usam esses elementos muito bem”. 

André Di Franco, um dos responsáveis pela concepção da obra, considera "Lugardepresssão" uma espécie de exercício que tem como intuito buscar respostas para algumas inquietações dos três autores diante do estado da videoarte e da condição de existência marcada pela pandemia. Segundo ele, os três artistas, durante suas conversas, questionam constantemente o quanto o novo modelo virtual de fruição da dança e das artes cênicas está gerando uma superficialização da existência do artista, do que está por trás da obra e do seu valor real.

“Nos últimos tempos, nós sempre comentamos sobre como as videodanças estão se tornando videoclipes ou produtos meramente para o Instagram. Desta forma, era imprescindível em “Lugardepresssão" colocar os sentimentos e as falas do Léo sobre o que move ele antes de dançar. Pois nós acreditamos que somente essa busca pode implodir esse lugar de pressão que se tornou a nossa vida dentro de telas”, conclui André.

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