Retomando o projeto Diversidade
Periférica, o Memorial Minas Gerais Vale promove, no dia próximo sábado (27), às 15h, o
encontro entre os tambores percussivos do grupo Arautos do Gueto e
os corpos dançantes da Companhia Evandro Passos (Cia Bataka). Após o encontro
das duas companhias, vai ter, ainda, um bate-papo com Evandro Passos (diretor
da Bataka) e José Inácio (diretor do Arautos do Gueto), às 16h.
Focada na valorização da produção cultural
das favelas e periferias de BH, a edição deste ano do projeto tem curadoria da
ativista social Patrícia Alencar, que é co-fundadora da Frente Favela Brasil e
uma das diretoras da Central Única de Favelas (Cufa). “Há muita riqueza onde muitos
só enxergam problemas e dificuldades. A favela nos mostra potência, local de
constante transformação, nos becos e vielas o encontro da diversidade acontece
de forma inovadora, criativa e desafiadora. Vêm de lá as mais ricas
manifestações culturais do Brasil: o samba, o funk e o rap se destacam neste
cenário”, destaca Patrícia.
Ao longo deste segundo semestre, vai
haver um evento do projeto por mês. A entrada é gratuita e sujeita a
lotação.
Diversidade Periférica
Criado em 2017, o projeto Diversidade
Periférica é uma parceria entre artistas, produtores e grupos culturais das
periferias de Belo Horizonte. O objetivo é trazer ao público as iniciativas,
manifestações e práticas artístico-culturais produzidas nas comunidades, além
de promover o acesso e a aproximação destes moradores à programação e
atividades do Memorial Vale.
Arautos do Gueto e Cia
Evandro Passos (Bataka)
O Grupo Cultural Arautos do Gueto foi
formado em 1996 pelo músico e arte educador José Inácio com o objetivo de
desenvolver atividades artísticas e culturais que estimulassem o protagonismo
de adolescentes e jovens. Localizado na favela do Morro das Pedras, o grupo vem
apresentando resultados eficientes em educação musical, com merecido destaque
nos quesitos de disciplina, interação humana e instrucional, relação
professor-aluno e transmissão de conteúdos musicais.
Dirigida por Evandro Passos, a
Companhia Evandro Passos (Bataka) vem promovendo, por meio das danças
afro-brasileiras e africanas, a confluência de jovens de diferentes favelas e
regiões periféricas de Minas Gerais, fortalecendo a identidade e o
pertencimento à cidade.