O Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 - Funcionários) recebe do dia 27 de abril a 27 de junho, a exposição “O Direito à Preguiça”, do artista Nuno Ramos. Ao andar pelo pátio e salas do CCBB, o público vai se surpreender com elementos que emitem movimentos e sons, como sambas de Carmem Miranda e Nelson Cavaquinho; instalações que fazem a decomposição de jornais e até produzem cachaça.
Embora o gancho seja o encantamento com o lugar, a inspiração veio da obra que deu nome à exposição: “O Direito à Preguiça”, de Paul Lafargue. Trata-se de uma publicação que questiona a visão do trabalho como algo dignificante e benéfico, já que os operários de Paris tinham naquela época (1880) jornadas de trabalho que superavam as 12 horas diárias. Lafargue discute o pecado capital e o ócio como direito.
A instalação traz um órgão-andaime, ou seja, um andaime que toca como um órgão, chegando a quase 15 metros de altura. Alguns dos tubos do andaime (entre 20 e 30) serão substituídos por tubos de órgão. Um compressor manda ar ao longo do andaime, até encontrar os tubos adequados, fazendo com que toquem o "Samba de uma nota só”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.