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Exposição Playmode, no CCBB, transforma jogos em objetos de reflexão

Centro Cultural Banco do Brasil

Exposição Playmode, no CCBB, transforma jogos em objetos de reflexão

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

30/03/22 até 06/06/22

Seg, Qua, Qui, Sex, Sab, Dom | 10:00 - 22:00


Créditos da imagem: Thiago Alves

Vinda diretamente de Portugal, onde foi exibida no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, a exposição Playmode desembarca no CCBB BH, nesta quarta-feira (30/3), e propõe uma reflexão sobre a faceta lúdica da sociedade contemporânea. Quando se fala em jogos, especialmente os digitais, é natural pensar em diversão. No entanto, a mostra produzida pela N+1, com curadoria dos portugueses Filipe Pais e Patrícia Gouveia, utiliza o caráter lúdico dos jogos para instigar uma ponderação sobre a atualidade.

Ao todo serão 44 peças, muitas delas interativas, elaboradas por artistas da Alemanha, do Brasil, da Croácia, dos Estados Unidos, da França, da Grécia, do Japão, da Nova Zelândia e de Portugal. A exposição foi dividida em três áreas temáticas: "modos de desconstruir, de modificar e de especular", "modos de participar e de mudar" e "modos de transformar, de sonhar e de trabalhar". 


No primeiro eixo, os artistas transformam as regras, os tabuleiros e os mecanismos de jogos como o xadrez, o jogo da amarelinha, o futebol, o GTA e o Super Mario em renovadas plasticidades capazes de exprimir, sugerir, resistir e promover outras visões sobre o mundo em que vivemos. É o eixo com maior quantidade de obras na mostra. Lá se encontra o protótipo do “Xadrez Auto- Criativo” (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda. A instalação propõe uma reformulação do xadrez clássico. Os seis tabuleiros distribuídos na mesa, previamente determinados pelos artistas, demonstram jogos possíveis com os quais os visitantes de Playmode poderão interagir a partir de regras tradicionais do xadrez.


No segundo eixo, os jogos digitais propõem diferentes modos de mudar de perspectiva, de percepção e de consciência sobre certas condições sociais, culturais e existenciais. Além da participação ativa nos jogos, mobiliza-se a consciência das decisões tomadas ao longo da partida. Consequentemente, as peças digitais desse eixo acabam por estimular a mudança de perspectivas em relação à realidade e às maneiras de lidar com ela.


No terceiro eixo, brincadeira e jogo são tratados como conceitos paradoxais. Por um lado, têm um poder extraordinário para subtrair às complicações cotidianas, fazendo-nos sonhar e partir para lugares imaginários. Por outro, são hoje um campo de promessas para todo o tipo de atividades lucrativas, um instrumento para promover a eficiência, melhorar os resultados de venda e, até, treinar pessoas para as mais questionáveis atividades possíveis na Terra. 

“Buscamos obras que representem a revolução digital que nós vivemos e que apresentem, pela linguagem da tecnologia, as necessidades básicas humanas de interagir, de se espelhar no outro e de resistir à imobilidade”, descreve Patrícia Gouveia.

Já Filipe Pais enfatiza que a interatividade de algumas das peças apresentadas convida o visitante a uma participação ativa, que coloca o público diante de experiências lúdicas, sensoriais e conceituais. “Os jogos criam um mundo à parte, alterando as nossas perspectivas e formas de ver as realidades que nos envolvem”, explica.

“Para o CCBB BH receber a mostra coletiva Playmode representa a oportunidade de levar ao público a inusitada ligação entre arte contemporânea e jogo. É brincadeira e observação ao mesmo tempo, tendo as novas tecnologias como suporte nessa jornada”, observa Gislane Tanaka, gerente Geral do CCBB BH.

Estão presentes na mostra artistas e estúdios, produtores e coletivos da Alemanha, Brasil, Croácia, Estados Unidos, França, Grécia, Nova Zelândia, Portugal e Japão. São eles: Aram Bartholl, Bill Viola + Game Innovation Lab, Bobware, Brad Downey, Brent Watanabe, Coletivo Beya Xinã Bena + Guilherme Meneses, David OReilly, Filipe Vilas- Boas, Harum Farocki, Isamu Noguchi, Jaime Lauriano, Joseph DeLappe, Laura Lima + Marcius Galan, Lucas Pope, Mary Flanagan, Mediengruppe Bitnik, Milton Manetas, Molleindustria, Nelson Leirner, Pippin Barr, Priscila Fernandes, Raquel Fukuda + Ricardo Barreto, Samuel Bianchini, Shimabuku, Tale of Tales (Auriea Harvey e Michaël Samyn) e The Pixel Hunt.

Palestra no CCBB BH com curador de Playmode aprofunda temática das relações entre arte e jogo

Quem visitar a exposição coletiva Playmode no CCBB BH, já no dia da abertura ao público, em 30/3, terá a oportunidade de conferir, também, a palestra “Playmode: modos de jogar, criticar e sonhar”, a ser ministrada pelo curador da mostra e pesquisador do tema, Filipe Pais. A atividade está marcada para as 20h e os ingressos devem ser retirados pelo site http://bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB.

Serviço
Exposição Playmode
Quando: de 30/03 a 06/06
Horário: de quarta a segunda, das 10h às 22h (exceto às terças)
Local: CCBB BH (galeria do 3º andar)
Praça da Liberdade, 450, Funcionários, Belo Horizonte
Ingressos: reserva gratuita pelo bb.com.br/cultura ou na Bilheteria do CCBB


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