No dia 21 de julho, terça-feira, o Casarão das Artes, fará uma referência ao Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, no projeto Canjerê Maria Firmina dos Reis, com homenagem à escritora Maria Firmina dos Reis, tendo como palestrante do evento o Prof. Dr. Eduardo de Assis Duarte e como mediador o Padre Mauro Luiz da Silva. O evento acontece no Museu dos Quilombos e Favelas Urbanas - Muquifu (Rua santo Antônio do Monte, 708, Vila Estrela - Santo Antônio), a partir de 20h.

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, no Maranhão, em 11 de outubro 1825 e morreu em 1917. Ao longo dos seus 92 anos de vida, Maria Firmina dos Reis teve uma participação importante como cidadã e intelectual, tendo atuado como folclorista e compositora, além de ter escrito em 1859 o romance Úrsula (uma obra que aborda a escravidão a partir do porto de vista dos escravos), o romance de temática indianista Gupeva (1861) e o conto “A escrava”, que foi publicado em 1887, no auge da campanha abolicionista. Maria Firmina dos Reis era mulata, bastarda, e não pertencia a uma família opulenta, e foi a primeira voz feminina que registrou a temática do negro com a publicação da obra Úrsula, em 1859.

O Instituto Cultural Casarão das Artes vem se destacando no cenário cultural de Belo Horizonte. Um lugar onde predomina arte, música, moda, literatura e culinária, com inspiração afro-brasileira e africana, por meio do projeto intitulado “Canjerê”. A palavra Canjerê significa encontro de pessoas que se unem no mesmo espaço, com intuito de multiplicar suas energias forças e saberes. O projeto acontece desde 2013, em cada edição um novo tema é escolhido e abordado em várias formas.