O
inquietante, ou o estranho familiar, pode ser amplamente reconhecido na obra
de Clarice Lispector. Para falar a respeito, a Academia Mineira de
Letras apresenta palestra guiada pelo tema “Clarice Lispector
e o inquietante”, no dia 10 de dezembro, às 11h, pelo YouTube. Quem
apresenta é o professor Luiz Lopes.
O
evento acontece no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML (PRONAC 193019),
realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do
Instituto Unimed BH - por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e cem
médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG.
A
palestra terá dois momentos distintos: no primeiro Luiz Lopes abordará os
principais aspectos da obra da escritora brasileira Clarice Lispector
(1920-1977), de forma que os ouvintes possam ter um panorama de sua criação
literária e artística.
Além
disso, ele vai ressaltar a presença do inquietante, que aparece em contos,
crônicas e nos romances e textos longos, entre eles, nas obras curtas, os
contos “Amor” e “A legião estrangeira” e na crônica “Pertencer”.
No
segundo momento o professor localiza algumas imagens inquietantes que aparecem
na obra de Clarice para evidenciar uma linha de força de produção, como também
algo que revela a própria figura inquietante da escritora. O texto utilizado
para exemplificação será “A Hora da Estrela”.
Tal abordagem parte de algumas possibilidades de diálogo entre os textos claricianos e o pensamento de Georges Didi-Huberman, filósofo e crítico de arte contemporâneo. O tema do inquietante, ou do estranho familiar, foi trabalho de Sigmund Freud a partir da literatura e retomado depois por Didi-Huberman em alguns de seus textos.