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Filarmônica recebe o violinista Cármelo de los Santos para celebrar o compositor Saint-Saëns

Sala Minas Gerais

Filarmônica recebe o violinista Cármelo de los Santos para celebrar o compositor Saint-Saëns

Evento encerrado

Data

15/07/21 até 16/07/21

Qui, Sex | 22:30 - 00:00


Créditos da imagem: Eugene Ellenberg

Para celebrar o centenário de morte do francês Saint-Saëns, o violinista brasileiro Cármelo de los Santos traz sua concepção do concerto mais famoso do compositor, o Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61, nos dias 15 e 16 de julho, na Sala Minas Gerais, às 20h30. Com regência do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais também apresenta quatro obras de Rossini: La Gazza Ladra: Abertura, Cinderela: Abertura, O Senhor Bruschino: Abertura e Semiramide.

As apresentações terão presença de público, sendo que a venda de ingressos estará disponível somente para a apresentação de sexta-feira (16/7), a partir das 15h do dia 15, no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais. O concerto de quinta-feira terá transmissão ao vivo aberta a todo o público pelo canal da Filarmônica no YouTube. Em função das medidas de segurança, o acesso à Sala será encerrado cinco minutos antes do horário do concerto, nas duas apresentações; assim, as portas serão fechadas às 20h25.

Durante a apresentação, haverá um intervalo de 15 minutos, quando serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é de Werner Silveira, e a convidada é a violinista da Filarmônica de Minas Gerais, Roberta Arruda.

Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

Cármelo de los Santos, violino

Cármelo de los Santos é violinista e pedagogo. Aos 16 anos, foi o mais jovem vencedor do Prêmio Eldorado de Música, em São Paulo. Desde então, se apresentou com a Filarmônica de Montevidéu, a Orquestra Musica d’Oltreoceano (Roma) e as sinfônicas de Mississippi do Sul, de Santa Fé, a Osesp e a Petrobras Pró-Música. Em 2002, estreou em Nova York como solista e regente no Weill Recital Hall do Carnegie Hall junto à Orquestra de Câmara ARCO. Cármelo foi laureado em diversas premiações internacionais, como o Concurso Internacional de Instrumentos de Corda "Júlio Cardona" (Portugal), a Associação Nacional de Professores de Música (EUA) e o Concurso Internacional de Jovens Artistas (Argentina). É Bacharel pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestre pela Manhattan School of Music, Nova York (EUA), Doutor pela Universidade da Georgia (EUA) e professor titular na Universidade do Novo México (EUA). Em 2009, recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor CD Erudito e Melhor Intérprete Erudito pelo CD Sonatas Brasileiras (Selo UFRGS), lançado com o pianista Ney Fialkow, com obras de Villa-Lobos, Guarnieri e Santoro.

Repertório

Camille Saint-Saëns (França, 1835 – Argélia, 1921) e o Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61 (1880)

O opus 61 é o último dos três concertos para violino escritos por Saint-Saëns. Ele é um exemplo claro da vinculação visceral de Saint-Saëns à linguagem romântica. Concluído em 1880, foi dedicado ao grande virtuoso Pablo de Sarasate. Outras obras de Saint-Saëns dedicadas a Sarasate revelam um foco bem direcionado na exibição virtuosística do intérprete, bem como o conhecimento e domínio do compositor na linguagem e no estilo violinísticos. Já o Concerto nº 3 é bem mais focado na inventividade melódica que em efeitos virtuosísticos e desvela outro lado da mentalidade musical romântica, não menos apaixonada, mas com arroubos que se dirigem mais a uma espécie de contemplação da intimidade do compositor, do que a bravuras do intérprete virtuoso.

Gioachino Rossini (Itália, 1792 – França, 1868) e as obras:

La Gazza Ladra: Abertura (1817)

Exemplo típico de ópera semisséria, alternando elementos trágicos e cômicos, La gazza ladra de Rossini é baseada em um fato real: o julgamento de uma criada, injustamente acusada de furto. Depois de sua condenação à morte, descobriu-se que as joias tinham sido apanhadas por uma pega, ave que costuma roubar objetos e levá-los para seu ninho. Apesar desse libreto pouco plausível, a ópera tornou-se mais um retumbante sucesso na carreira do compositor italiano. A alegre Abertura consolidou-se como peça isolada de concerto e, confirmando sua popularidade, foi incluída por Stanley Kubrick na trilha sonora de seu filme Laranja Mecânica. Inicia-se com brilhante rufar de tímpanos (dois personagens são soldados que retornam da guerra) e mostra uma cintilante orquestração, de brilho e habilidade ímpares, colorindo as irresistíveis melodias. Um crescendo tipicamente rossiniano conduz à conclusão de grande efeito teatral.

Cinderela: Abertura (1817)

A releitura para o conto de fadas de Charles Perraut foi uma das vinte óperas escritas por Gioacchino Rossini num intervalo de oito anos. Cinderela, em italiano, La Cenerentola, foi escrita entre o fim de 1816 e o início de 1817, bem a tempo da estreia durante temporada de Carnaval em Roma, em 25 de janeiro, no Teatro Valle. Tendo enfrentado problemas com a censura do Vaticano em trabalhos anteriores no Teatro Valle, Rossini questionou se o libretista Jacopo Ferretti teria "coragem" de escrever uma adaptação para os palcos de uma obra tão clássica. Desafiado, Ferretti produziu o esboço em uma madrugada e o entregou a Rossini no dia de Natal. O libreto ficou pronto em vinte e dois dias. Como em uma prova de revezamento, em que libretista e compositor caminham praticamente juntos, Rossini veio logo atrás, terminando a partitura em vinte e quatro dias. As performances iniciais receberam críticas indecisas, mas, pouco tempo depois, Cinderela decolou, tornando-se uma das óperas mais amadas do século XIX. Para conseguir entregar a partitura a tempo dos ensaios e da estreia, o compositor acabou por pegar emprestado alguns temas de outras óperas. E dessa maneira foi criada a Abertura desse trabalho.

O Senhor Bruschino: Abertura (1812)

A farsa em um ato foi produzida no Teatro San Moisè, em Veneza, em 1813. O senhor Bruschino ganhou, ao longo do tempo, notada importância graças à lenda de que Rossini teria se vingado de seu empresário por este tê-lo desagradado com um libreto impossível. Em consequência, Rossini teria incluído na partitura todo tipo de extravagâncias e desafios para os instrumentistas. No entanto, o biógrafo Giuseppe Radicciotti refuta tais mitos. A partitura, ao contrário do que a história afirma, é a personificação da alegria e da leveza. A ópera falhou em Veneza, mas atingiu sucesso genuíno em 1857, pelas mãos de Offenbach, em uma produção no Théâtre des Bouffes-Parisiens, na capital francesa, à qual Rossini se recusou a comparecer.

Semiramide: Abertura (1823)

Dotada de riquezas secretas, a abertura de Semiramide é um exemplo representativo dos processos estabelecidos pela opera seria italiana. Desde 1814, no posto de diretor dos teatros reais de Nápoles, Rossini deveria fornecer duas óperas por ano para a cidade, o que resultou em um notável repertório de opere serie. Composta em 1822, Semiramide, a última produção do compositor no gênero, estreou em 3 de fevereiro de 1823 no Teatro La Fenice, em Veneza. Foi escrita com libreto de Gaetano Rossi, que por sua vez se baseou na tragédia Sémiramis, de Voltaire. Já o filósofo francês se inspirou na lenda babilônica para escrever a obra de 1749. Com invenção melódica sempre tão rica e, em igual medida, grande expressão dramática, esta ópera antecipa a grand-opéra à francesa, que muito em breve seria reconhecida por autores como Halévy e Mayerbeer.

Programa

Série Presto
15 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Veloce
16 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Pontos de venda

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote)

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