De 22 a 26 de agosto, o Grupo Corpo traz de volta o espetáculo “21”, marco da cia em 1992, e “GIRA”, a mais recente criação, inspirada nos movimentos da umbanda. As apresentações acontecem no Palácio das Artes, de quarta a sábado, às 20h30, e no domingo, às 19h.
Os ingressos estão à venda na bilheteria e custam R$ 100 (plateias I e II) e R$ 80 (superior).
Sobre as peças
A dobradinha representa um raro privilégio para o público: é a oportunidade de ter, no palco, dois momentos de força extraordinária na evolução da linguagem artística da companhia.
Criado em 1992, 21 é um divisor de águas na história do Grupo Corpo. Depois de atuar por uma década com temas musicais pré-existentes, com este balé a companhia mineira de dança não apenas volta a trabalhar com trilhas especialmente compostas – como acontecera em seus primórdios nos bem sucedidos Maria, Maria e Último Trem, ambos com música original de Milton Nascimento e Fernando Brant – como passa a adotar como regra este critério.
Das inúmeras combinações sugeridas pelo no 21, grande o suficiente para conter em si todos os números básicos, e pequeno o suficiente para não se distanciar deles, nasceram a música de Marco Antônio Guimarães e o balé do GRUPO CORPO, numa gestação que durou seis meses entre o processo de criação da música e a fase final dos ensaios.
A força contida na tensão entre as cores vermelha, da luz chapada de fundo, e amarela, das malhas utilizadas pelos bailarinos, dá o tom da primeira parte do balé, onde a repetição de múltiplas combinações rítmicas e timbrísticas em escala decrescente do 21 até o 1 ganha um quê minimalista.
Gira, fruto da parceria da companhia mineira de dança com a banda paulistana Metá Metá, se inspira livremente nos ritos da umbanda. A trilha de Gira conta com as participações especiais do poeta, ensaísta e artista plástico Nuno Ramos, que assina uma das letras, e da cantora Elza Soares em duas faixas.