Estudo da Fecomércio analisou perfil e comportamento dos foliões da maior festa de BH
O Carnaval de Belo Horizonte cresce a cada ano e já se destaca entre os maiores do país. A festa, que antes era motivo para muitos deixarem a cidade, hoje atrai milhares de moradores e turistas de diferentes regiões do Brasil – e até do exterior. Um levantamento da Fecomércio MG, em parceria com a Belotur, revelou que cerca de 60% dos foliões que lotam as ruas da capital são belo-horizontinos. Além deles, 10% vêm da Região Metropolitana, 6,5% do interior de Minas, outros 10% chegam de diferentes estados e 0,2% vêm de fora do país.
Os blocos de rua continuam sendo o grande destaque da festa, com 91,3% do público interessado nesse tipo de folia. Para acompanhar a programação, os foliões recorrem, cada vez mais, às redes sociais. O Instagram, por exemplo, é a plataforma preferida para buscar informações, usada por 92% dos entrevistados.
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A pesquisa também revelou que o Carnaval deve movimentar bastante a economia da cidade. Cerca de 41% dos foliões pretendem gastar entre R$ 400 e R$ 1 mil durante os dias de festa. O comércio de fantasias e acessórios é um dos setores que se beneficiam desse consumo, embora a maioria dos foliões aposte na criatividade: apenas 16,7% pretendem comprar fantasias novas, enquanto 36,1% vão customizar peças e 26,3% reaproveitar roupas de anos anteriores.
Mas não é só o setor de acessórios que lucra com isso! As bebidas aparecem com alta de vendas em todos os dias. A água aparece como a mais consumida (85%), seguida pela cerveja (49,8%) e pelos destilados (36,7%). A maioria dos foliões (63%) deve comprar de ambulantes, enquanto 50,4% preferem se abastecer nos supermercados.
De acordo com o estudo, quem não mora na capital pretende ficar, em média, uma semana. Para isso, os hotéis são a principal escolha para estadia, seguidos por casas de parentes e aluguel por temporada.
Diante disso, a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, destaca o impacto positivo do Carnaval para Belo Horizonte. Segundo ela, a festa deixou de ser um evento de êxodo, quando moradores buscavam outras cidades para curtir a folia, e passou a atrair público para a capital.
“Com a cidade cheia, há ganhos significativos para os setores do comércio, serviços e turismo, abrangendo lojas de roupas, armarinhos, supermercados, hotéis, restaurantes, dentre diversos outros, gerando emprego e renda para o município”, explica.