Ler é sempre um bom remédio! Conheça os causos mineiros que marcam gerações
Reza a lenda que... nada melhor que uma boa história para enfrentar este período de quarentena
Período de quarentena, não dá nem para sentar
na mesa do bar e contar vários causos que nós mineiros amamos, né? Mas como ler
é sempre um bom remédio, sente aí e mergulhe nas boas lendas e causos de Minas
Gerais e de BH. E em tempos tecnológicos, o bom papo pode ser virtual,
compartilhando as histórias com os amigos e comentando, afinal, que tal
descobrir quem acredita ou não nos causos que vovós, adultos e até os jovens
contam?
Tem gente que jura de pé junto que são todos
verdadeiros, outros têm medo, e muita gente até acha graça. Mas não dá para
negar que essas histórias fazem parte e enriquecem a cultura do nosso estado. Supersticioso
ou não, confira algumas das lendas mineiras que marcam gerações por aqui:
Moça Fantasma
Já passou pela região da Savassi e sentiu
aquele cheirinho de dama-da-noite no ar? Cuidado! Reza a lenda que pode ser o
fantasma de uma mulher que desce a Serra do Curral para encontrar amores
perdidos. Para piorar, se além do aroma, houver falta de luz, não foi a rede
elétrica, foi a Moça Fantasma. Eita!
Maria Papuda
Você sabia que antes da construção do Palácio da Liberdade, no
local existia o antigo Curral del Rey? E por lá, havia um casebre onde contam
que vivia uma mulher considerada bruxa pelos moradores da época.
Quando o arraial foi desapropriado, a tal bruxa recusou-se a sair de casa, sendo tirada a força pelas autoridades. Pela sua resistência, foi registrada nos documentos da ordem de despejo como Maria Papuda, por causa do tamanho de seu "papo". Muito brava com o apelido, dizem que ela lançou uma praga sobre o futuro palácio. Quem morasse na sede do governo morreria e, quem assumisse o estado em ano par, sofreria algum tipo de acidente ou morte repentina. E teve mortes por lá depois disso, viu?
Loira do Bonfim
Uma das
mais tradicionais e conhecida dos belo-horizontinos, a Loira do Bonfim era uma mulher loira que, por volta
das 2h da madrugada, se insinuava para os boêmios da cidade, que estavam no
ponto do bonde. Ela os levava para sua 'casa', o cemitério do Bonfim. Os
homens acreditavam que se tratava de uma garota de programa, mas, ao chegar no
local, ela simplesmente desaparecia. Muitos motoristas de ônibus e táxis
preferiam não rodar tarde da noite, naquela região, por causa da lenda tão
famosa.
Capeta da Vilarinho
O capeta da Vilarinho foi um rapaz que, em uma noite agitada da cidade, no início dos anos 90, convidou uma garota para dançar, numa gafieira da avenida Vilarinho. A jovem só não esperava que, entre um passo e outro da música, o homem revelasse seus chifres quando o chapéu caiu no chão. Com os gritos assustados, quem estava presente não ousou capturar o ser estranho, mas garantiu ver as patas de bode no lugar de pernas do homem. Até hoje a história vira assunto entre os frequentadores da região.
Dona Beija
Fantasma da beleza! Moradora da cidade de Araxá, dona Beija era
uma mulher loira de traços delicados, muito bonita e conquistadora, que marcava presença na cidade. Por causa disso, causava muita inveja em outras mulheres. Após a morte de dona
Beija, uma lenda surgiu, dizendo que a água de uma lagoa onde ela se banhava é
sagrada.
Desde então, quem toma desta água recebe toda
a beleza e saúde que eram características marcantes de Dona Beija.
Fantasmas de Ouro Preto
Quem tem
medo de fantasma? Em Ouro Preto, eles dominam as famosas igrejas que são ponto
turístico na cidade. Na Igreja do Rosário, moradores garantem escutar tambores
e cantorias à noite, quando não tem ninguém por lá. Segundo os que creem na
lenda, gemidos e correntes se arrastando também podem ser ouvidos de madrugada
dentro da igreja São Francisco de Assis. Tem ainda o caso da Maria Chinelaque,
mulher que arrastava os chinelos enquanto limpava a igreja do Carmo. Muita
gente diz ouvir as passadas de chinelo, mesmo após a morte dela.
Saci Pererê
Um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro é uma lenda mineira! O arteiro de uma perna só, que usa um capuz vermelho e um cachimbo na boca, é o guardião das florestas. Gosta de assobiar e desaparecer num redemoinho. Quem quiser entrar na mata, precisa pedir autorização ao Saci, do contrário pode cair numa armadilha. Segundo a lenda, o único jeito de capturar um saci é tirando seu gorro e prendendo-o numa garrafa, isso depois de usar uma peneira ou um rosário em cima do redemoinho que ele usa na hora de fugir.
Conhece mais causos e lendas de Minas Gerais?
Conta pra gente!