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Ler é sempre um bom remédio! Conheça os causos mineiros que marcam gerações

Reza a lenda que... nada melhor que uma boa história para enfrentar este período de quarentena



Créditos da imagem: Pierre Bonnereau/PBH
Main pierre bonnereau
Redação Sou BH
14/06/16 às 21:06
Atualizado em 18/03/20 às 16:04

Período de quarentena, não dá nem para sentar na mesa do bar e contar vários causos que nós mineiros amamos, né? Mas como ler é sempre um bom remédio, sente aí e mergulhe nas boas lendas e causos de Minas Gerais e de BH. E em tempos tecnológicos, o bom papo pode ser virtual, compartilhando as histórias com os amigos e comentando, afinal, que tal descobrir quem acredita ou não nos causos que vovós, adultos e até os jovens contam?

Tem gente que jura de pé junto que são todos verdadeiros, outros têm medo, e muita gente até acha graça. Mas não dá para negar que essas histórias fazem parte e enriquecem a cultura do nosso estado. Supersticioso ou não, confira algumas das lendas mineiras que marcam gerações por aqui:

Moça Fantasma

Já passou pela região da Savassi e sentiu aquele cheirinho de dama-da-noite no ar? Cuidado! Reza a lenda que pode ser o fantasma de uma mulher que desce a Serra do Curral para encontrar amores perdidos. Para piorar, se além do aroma, houver falta de luz, não foi a rede elétrica, foi a Moça Fantasma. Eita!

Maria Papuda

Você sabia que antes da construção do Palácio da Liberdade, no local existia o antigo Curral del Rey? E por lá, havia um casebre onde contam que vivia uma mulher considerada bruxa pelos moradores da época.

Quando o arraial foi desapropriado, a tal bruxa recusou-se a sair de casa, sendo tirada a força pelas autoridades. Pela sua resistência, foi registrada nos documentos da ordem de despejo como Maria Papuda, por causa do tamanho de seu "papo". Muito brava com o apelido, dizem que ela lançou uma praga sobre o futuro palácio. Quem morasse na sede do governo morreria e, quem assumisse o estado em ano par, sofreria algum tipo de acidente ou morte repentina. E teve mortes por lá depois disso, viu?

Loira do Bonfim

Uma das mais tradicionais e conhecida dos belo-horizontinos, a Loira do Bonfim era uma mulher loira que, por volta das 2h da madrugada, se insinuava para os boêmios da cidade, que estavam no ponto do bonde. Ela os levava para sua 'casa', o cemitério do Bonfim. Os homens acreditavam que se tratava de uma garota de programa, mas, ao chegar no local, ela simplesmente desaparecia. Muitos motoristas de ônibus e táxis preferiam não rodar tarde da noite, naquela região, por causa da lenda tão famosa.

Capeta da Vilarinho

O capeta da Vilarinho foi um rapaz que, em uma noite agitada da cidade, no início dos anos 90, convidou uma garota para dançar, numa gafieira da avenida Vilarinho. A jovem só não esperava que, entre um passo e outro da música, o homem revelasse seus chifres quando o chapéu caiu no chão. Com os gritos assustados, quem estava presente não ousou capturar o ser estranho, mas garantiu ver as patas de bode no lugar de pernas do homem. Até hoje a história vira assunto entre os frequentadores da região.

Dona Beija

Fantasma da beleza! Moradora da cidade de Araxá, dona Beija era uma mulher loira de traços delicados, muito bonita e conquistadora, que marcava presença na cidade. Por causa disso, causava muita inveja em outras mulheres. Após a morte de dona Beija, uma lenda surgiu, dizendo que a água de uma lagoa onde ela se banhava é sagrada.

Desde então, quem toma desta água recebe toda a beleza e saúde que eram características marcantes de Dona Beija.

Fantasmas de Ouro Preto

Quem tem medo de fantasma? Em Ouro Preto, eles dominam as famosas igrejas que são ponto turístico na cidade. Na Igreja do Rosário, moradores garantem escutar tambores e cantorias à noite, quando não tem ninguém por lá. Segundo os que creem na lenda, gemidos e correntes se arrastando também podem ser ouvidos de madrugada dentro da igreja São Francisco de Assis. Tem ainda o caso da Maria Chinelaque, mulher que arrastava os chinelos enquanto limpava a igreja do Carmo. Muita gente diz ouvir as passadas de chinelo, mesmo após a morte dela.

Saci Pererê

Um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro é uma lenda mineira! O arteiro de uma perna só, que usa um capuz vermelho e um cachimbo na boca, é o guardião das florestas. Gosta de assobiar e desaparecer num redemoinho. Quem quiser entrar na mata, precisa pedir autorização ao Saci, do contrário pode cair numa armadilha. Segundo a lenda, o único jeito de capturar um saci é tirando seu gorro e prendendo-o numa garrafa, isso depois de usar uma peneira ou um rosário em cima do redemoinho que ele usa na hora de fugir.

Conhece mais causos e lendas de Minas Gerais? Conta pra gente!