Saiba os detalhes da última turnê baseada no disco, chamada de 'A Gira Final', do rapper paulista
Disco e projeto audiovisual premiados chegam à última instância sobre os palcos com show em BH no dia 9 de março
Emicida escolheu BH para receber o primeiro show na turnê de despedida do álbum ‘AmarElo’, chamada de ‘A Gira Final’. A apresentação em Belo Horizonte está marcada para 9/3, um sábado, e marca a reta final dos concertos baseados no disco de mesmo nome, lançado em 2019, que traz hits como ‘Eminência Parda’ e a faixa-título, com sample de Belchior e participação de Pabllo Vittar e Majur.
“Esse próximo semestre é o último semestre da tour. É um espetáculo que foi incrível, mas vamos baixar as cortinas”, antecipou o artista paulistano em anúncio oficial feito em live nesta terça-feira (30/1), quando comparou sua série de shows a uma peça de teatro, onde tudo pode se transformar à medida que a temporada se desenrola.
A venda de ingressos para o show de Emicida começa em 2/2 para o público geral, que poderá dividir o pagamento em até 3 vezes. Clientes da bandeira Elo têm acesso à pré-venda das entradas, nos dias 31/1 e 1/2, além de poderem parcelar em até 5 vezes. Ainda não há informações sobre valores ou local da apresentação em BH.
Além do show em Belo Horizonte, as outras datas da turnê de despedida do álbum ‘AmarElo’ são: Porto Alegre em 6/4; Brasília em 12/4; Goiânia em 13/4; Recife em 26/4; Salvador em 11/5; Rio de Janeiro em 18/5; São Paulo em 25/5; Florianópolis em 21/6; Curitiba em 22/6; Manaus em 28/6 e Belém em 30/6.
O álbum lançado em 2019 traz participações de artistas das mais diversas vertentes musicais brasileiras, como Fabiana Cozza, Marcos Valle, Zeca Pagodinho, Drik Barbosa, Larissa Luz, Dona Onete e Tokyo Ska Paradise Orchestra. Emicida faz do disco uma ode à produção musical nacional, transitando entre clássico e moderno com a fluidez de autor das rimas.
O trabalho é tratado pelo artista como um experimento social, que propõe reflexões sobre as relações de poder e o direito das pessoas de viverem e resistirem às suas maneiras próprias. Conquistou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
O álbum rendeu ainda o documentário ‘AmarElo – É Tudo Pra Ontem’ (2020), que reúne através de entrevistas, interpretações e animações as histórias de ontem, hoje e amanhã sobre o racismo estruturante na sociedade brasileira e seus produtos – a exclusão social e a vontade de pertencimento.
O Theatro Municipal de São Paulo, reduto da elite econômica na capital paulista, é usado como cenário para contextualizar essa segregação, à medida em que é ocupado por Emicida e seus colaboradores na preparação para o grande show de lançamento do disco. O filme distribuído pela Netflix foi indicado ao Emmy Internacional de Melhor Programa Artístico.
A série de shows inspirada em ‘AmarElo’ foi prejudicada pela pandemia de Covid-19. “A pandemia ficou entre o lançamento do disco e o resto da turnê”, explica Emicida. “Essa suspensão gerou um sentimento muito estranho em todos nós. Não só pela pandemia em si, mas porque quando a vacina veio, e a iminência de retornar, a gente não sabia de que maneira voltaria”, observa o rapper.
Apesar do receio, a turnê voltou aos palcos no início de 2022 e coleciona sucessos desde então, incluindo a maior tour pelos EUA em toda a carreira do rapper, com 10 datas. “A nossa decisão foi bastante acertada, porque as pessoas queriam muito esse disco”, ele comemora.
Para os últimos shows baseados no álbum, ele pretende fazer mudanças no repertório e na configuração de alguns números. “A gente vai fazer algumas alterações. A gente quer fazer esses próximos seis meses, esse último semestre, para que a gente possa de fato entrar em uma nova história no futuro”, observa o artista.
