Mostra da artista Leíner Hoki ocupa BDMG cultural de 1 de novembro a 8 de dezembro
Entre os dias 1º de novembro e 8 de dezembro, o BDMG Cultural recebe a exposição ‘Garotas, garotas’, série de pinturas e desenhos da artista e pesquisadora Leíner Hoki. A abertura será no dia 1º de novembro, às 19h, na Galeria de Arte BDMG Cultural (Rua da Bahia, 1600 – Lourdes), com entrada gratuita. A exposição marca a última ocupação artística selecionada pelo edital Ciclo de Mostras 2024, trazendo uma reflexão visual sobre a amizade e o companheirismo entre mulheres lésbicas de diferentes gerações. A visitação gratuita segue de domingo a domingo, das 10h às 18h, ou até as 21h nas quintas-feiras.
A mostra reúne 17 pinturas a óleo e 7 desenhos em nanquim, inspirados em um arquivo fotográfico pessoal criado por Hoki entre 2017 e 2019. As obras retratam mulheres de diferentes origens e épocas, explorando suas experiências compartilhadas. “As fotografias foram feitas durante encontros entre minhas amigas e as amigas da minha tia. Comecei a pintá-las em 2020, e nesse processo relacionei as imagens com minha pesquisa sobre poetas e artistas lésbicas-bissexuais-não-bináries”, explica a artista.
Artista formada pela UFMG foi finalista do Prêmio Jabuti em 2022 com outra obra sobre universo da lesbianidade: “reflexões em forma de imagem”
O título da exposição faz referência ao livro ‘Garotas em tempos suspensos’, da poeta argentina Tamara Kamenszain. As obras apresentadas por Hoki dialogam com sua pesquisa anterior, que resultou no livro ‘Tríbades, Safistas, Sapatonas do mundo, uni-vos’, finalista do Prêmio Jabuti em 2022. “As pinturas são um reflexo visual dessa pesquisa. No livro, testei ideias com palavras; agora, apresento essas reflexões em forma de imagem”, complementa Hoki.
Leíner Hoki, nascida em Cuiabá, Mato Grosso, em 1992, é artista visual, poeta-pesquisadora e arte-educadora popular. Formada pela Escola de Belas Artes da UFMG, com mestrado em Artes Visuais, atualmente cursa doutorado na mesma instituição. Hoki também atua como arte-educadora no projeto Consultório na Rua, voltado para a população em situação de rua em Belo Horizonte. Seu trabalho transita entre imagem, escrita e pesquisa, com criações em pintura, desenho, colagem e fotografia. Em 2022, foi finalista do Prêmio Jabuti com sua publicação sobre as poéticas das lesbianidades.