Gêneros predominantes na discografia de Matheus Brant, pop e pagode voltam a se encontrar em ‘Eu, Você, Nós Três’, quarto álbum do artista belo-horizontino, que acaba de chegar às plataformas digitais. Inspirado pelas nuances do amor contemporâneo, o cantor e compositor recorre aos refrãos chiclete e às narrativas apaixonadas em uma coleção de 10 faixas inéditas – cinco em cada estilo musical.

O registro fecha uma trilogia de álbuns iniciada com ‘Assume Que Gosta’ (2016), que relia marchinhas e arrochas em uma embalagem bem pop, e mais tarde sequenciada em ‘Cola Comigo’ (2019), de inspiração totalmente pagodeira. Conhecido inicialmente na capital mineira pelo trabalho à frente do bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, Matheus tornou-se uma referência na cena local justamente pela maneira como transita entre os dois ambientes musicais, constantemente entrelaçando-os.

Os primeiros singles publicados antes do disco dão uma ideia dessa dualidade: ‘O Short Jeans’ é uma trama pop que recorre a influências da música baiana para uma abordagem suingada sobre o rebolado, enquanto ‘Mania de Você’ é uma releitura em pagode com sabor noventista para o primeiro hit da dupla Pepê & Neném.

“Sinto que sintetizei em uma só obra aquilo que há nas duas anteriores e de maneira bastante didática, reparti o disco em dois de tamanhos idênticos: 5 músicas em cada ‘lado’. O lado A é feito de pagodes em linha com a estética do ‘Cola Comigo’ e o lado B é composto por músicas pop dialogando com o ‘Assume que gosta'”, detalha Brant.

Produção dividida entre grandes talentos

O lado A do disco, no recorte do pagode, tem produção assinada por Jota Pê, integrante do grupo mineiro Akatu. Já o labo B e pop de ‘Eu, Você, Nós Três’ ficou a cargo de Pep Starling, produtor de hip hop e funk que já trabalhou com L7nnon e Gilsons, além de Marcos Cuper, indicado ao Grammy Latino em 2023 pelo trabalho em disco de Rachel Reis.