FecharX

Peça com Priscila Fantin entra em cartaz em BH

A Besta, mais uma peça da Broadway, será encenada na capital mineira



Créditos da imagem: João Caldas
Main a besta jo%c3%a3o caldas 20140830170751
Priscila Fantin volta a BH com comédia
Redação Sou BH
20/01/15 às 20:40
Atualizado em 01/02/19 às 19:58

Por Camila de Ávila jornalista Sou BH

Depois do espetáculo “A Toca do Coelho” com os atores Reynaldo Gianecchini e Bárbara Paz, Belo Horizonte recebe mais um espetáculo que teve sua estreia na Broadway, avenida nova-iorquina conhecida por seus teatros. Trata-se de “A Besta”, que ganhou os palcos (a crítica e o público) de Nova Iorque em 1991 e será encenada no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244 – Lourdes) nos dias 5 e 6 de setembro, terça e quarta-feira, às 21h.

Escrita por David Hirson, a peça ganhou sua adaptação brasileira pelo “Rei da Comédia” Alexandre Reinecke. Além disso, conta em seu elenco com a atriz Priscila Fantin, que morou em BH durante a adolescência, Hugo Possolo, Ary França, Iara Jamra e Celson Frateschi.

Inspirada no genial dramaturgo francês Molière e sua trupe, a farsa é ambientada na França, em 1654, na propriedade de uma princesa (Priscila Fantin), a patrocinadora da companhia de teatro. A história fala do conflito entre dois homens: Elomire (Celso Frateschi), nome que é um anagrama do nome de Molière, o diretor da companhia, artista sério e respeitado; e Augusto Valério (Hugo Possolo), um comediante popular, canastrão e vaidoso.

Na história, Valério cai nas graças da princesa patrocinadora, e ela insiste para que ele passe a integrar a trupe. Apesar de Elomire rejeitar furiosamente a ideia de incorporar Valério, a companhia é obrigada a encenar uma de suas peças, o que vai gerar uma transformação no futuro de seus artistas. O texto requintado e hilário dá aos atores a oportunidade de esbanjar talento nos monólogos cômicos em que defendem suas ideias e coloca uma discussão surpreendente sobre arte erudita, arte popular, preconceito e entretenimento.

Com 22 anos de estrada, a trupe dos Parlapatões (Alexandre Bamba, Carol Mariottini, Daniela Mustafci, Fabek Caprieri e Renan Duran) é a responsável pela montagem da peça. Um dos fundadores do grupo, Hugo Possolo, explica que as situações vividas pelos personagens em cena ajudam o público a fazer um exercício de autoironia. “As situações vividas pelas extrovertidas personagens desta comédia traçam um retrato profundo do ofício de comediantes e resultam até numa fina autoironia, deixando-nos à vontade para rirmos de nós mesmos. Este espírito apaixonante do ator por sua arte, que o texto traduz tão bem, gera um enorme envolvimento do público e certamente agradará as mais variadas plateias, por sua comunicação clara e imediata”, conta.

Para estudantes de teatro

Logo após a sessão de "A Besta", o elenco conversará com o público dentro do projeto Encontros Vivo EnCena. Com o tema “Teatro e Transformação”, o debate será mediado pelo pesquisador em gestão cultural e curador do Vivo EnCena, Expedito Araujo.

Como uma ação cultural integrada, gratuita e exclusiva, com o tema “Teatro e Transformação”, o projeto pretende envolver o público para realizar trocas de experiências com os artistas da peça, que irão discorrer sobre como foi a composição dos personagens – que retratam a obsessão por manipulações e opressões em uma sociedade que caracteriza nossa realidade desde os tempos mais remotos.