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MEI: 7 dicas incríveis para seu negócio decolar após a formalização

Já seguiu todos os passos para regularizar seu próprio negócio e agora quer alavancar? Confira orientações



Créditos da imagem: Divulgação
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Redação Sou BH
01/12/17 às 23:32
Atualizado em 26/03/19 às 22:41


Banco de Imagens/Shutterstock

Você se tornou um MEI, e agora? A formalização como microempreendedor individual é certamente um grande passo, mas há muito mais a vir pela frente.

Se quer ver seu negócio decolar, vamos trazer neste artigo dicas incríveis que darão uma forcinha para isso.

Você queria ter um negócio para chamar de seu, pesquisou sobre as atividades permitidas ao MEI, fez uma consulta sobre quem pode ser MEI.

Se informou sobre como emitir nota fiscal, descobriu o que é capital social e, finalmente, chegou ao Portal do Empreendedor, que é o portal do MEI, onde confirmou a sua formalização. Ufa!

Após o cadastro do MEI, um novo mundo surge, oportunidades se abrem, mas também há exigências e obrigações a cumprir.

Por um lado, a conquista do CNPJ permite abrir conta bancária, ter acesso a linhas de crédito específicas.

Atender clientes que exigem nota fiscal e até oferecer o pagamento em máquinas de cartão de crédito.

Por outro, é esperado que assuma o papel de MEI empreendedor.

Se colocando à frente da gestão da empresa, emitindo e pagando a guia mensal e preenchendo o Relatório Mensal das Receitas Brutas e a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).

Esse é o comportamento esperado do microempreendedor tradicional, aquele que se vê satisfeito com sua nova condição empresarial. Mas quem quer crescer não para por aí.

Você tem essa ambição? Até onde deseja ir enquanto MEI?

Neste artigo, irei apresentar aquilo que considero como as sete principais dicas para o microempreendedor individual experimentar outro patamar.

Gostou da ideia? Então, fuja do básico e faça seu negócio decolar!

1. Controle tudo o que entra e sai

Uma das principais ferramentas de gestão financeira se chama fluxo de caixa.

Basicamente, é uma planilha na qual o microempreendedor registra todas as receitas e despesas, por menores que sejam.

Não por acaso, é um dos instrumentos de controle financeiro destacados por Crisfanny Souza nesta vídeo-aula do canal Tamo Junto, no Youtube.

Quando se fala em controlar tudo o que entra e sai, é tudo mesmo.

Se você tem uma loja de ferragens e vendeu um joelho de PVC por R$ 0,49, essa é uma receita e o valor precisa ser registrado.

O mesmo ocorre com um conserto na pia do banheiro da empresa, que você mesmo realizou, mas utilizou um sifão de R$ 3,65.

Essa é uma despesa e não pode ficar de fora.

Para entender: o fluxo de caixa é o instrumento que revela a verdadeira situação financeira e a sua precisão depende desse nível de detalhamento.

Só assim você saberá se está gastando mais do que devia e descobrirá por onde o dinheiro escapa, para depois aplicar os cortes necessários.

A propósito, é justamente essa uma das lições deixadas neste vídeo pelo educador financeiro Thiago Quintino, editor do blog Educar Finanças:

gaste menos do que ganha e aprenda a poupar. Isso vale tanto para a empresa quanto para o seu próprio bolso.

2. Separe as contas pessoais das profissionais

Se há um erro que custa caro é misturar o dinheiro da empresa com aquele que é seu.

Anote aí: o que está no caixa é do negócio.

Qualquer coisa diferente disso remete a um comportamento amador e perigoso.

Essa é talvez a forma mais fácil de perder o controle das finanças, pois pode acontecer várias vezes ao dia, sem que você perceba.

Com exemplos fica mais fácil de entender:

  • Um vendedor de água aparece na porta, você coloca a mão no bolso, mas esqueceu a carteira em casa. Então, corre para o caixa e pega a quantia, já que é pequena mesmo.

  • Você sai para pagar uma conta, mas percebe que não trouxe o cartão da empresa. Para não perder a viagem, paga com o cartão da conta pessoal mesmo.

  • Ao fechar uma venda no valor de R$ 28,50, o cliente paga com uma nota de R$ 50. Você vai ao caixa e não acha o troco completo. Então, pega R$ 10 no caixa e R$ 12,50 no bolso para completar.

Preste atenção: evite sob todas as hipóteses fazer qualquer retirada não planejada, seja qual for o valor.

Se, numa situação emergencial, for preciso pegar algum dinheiro do caixa, registre como despesa e estabeleça um prazo para devolução.

3. Passos curtos, mas conscientes, podem levá-lo mais longe

Já dizia aquele antigo ditado: “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

Se você quer ver seu faturamento crescer 100% em um ano, tudo bem. Mas a que custo pretende alcançar essa meta?

Entenda que trilhar um caminho seguro impõe dar passos mais curtos, porém conscientes.

Comece devagar, experimentando o mercado, descobrindo quem é o seu cliente e como se dá a receptividade aos seus produtos ou serviços.

Para começar, estabeleça objetivos em um prazo mais curto, talvez para a realização mensal ou até semanal.

Ficará muito mais fácil alcançar tais metas com ações que você prever para o dia a dia.

É como uma casa em construção. Você não inicia a obra pelo teto, não é mesmo?

Então, trate de construir o alicerce da sua empresa e crie condições para o crescimento, tijolo por tijolo.

4. Trace um planejamento estratégico

Acabamos de destacar a definição de metas, o que é bastante saudável para o crescimento da empresa.

Seja qual for o nível complexidade do seu objetivo, a concretização dele depende das ações que forem estabelecidas.

E sabe onde elas devem constar? No seu planejamento estratégico.

Planejar estrategicamente o negócio é definir como você conseguirá pagar as contas em dia.

Como irá evitar a inadimplência dos clientes, como conquistará 10% mais clientes ou como irá realizar qualquer que seja a meta.

A meta diz onde você quer chegar. O planejamento prevê como você vai chegar.

5. Economia é a palavra de ordem

O consumo consciente não vale apenas para a sua casa.

Assim como é incentivado que apague as luzes em cômodos vazios, reduza o tempo do banho e lave a louça com a torneira fechada, na empresa também há diversas oportunidades de economia.

Que tal aproveitá-las?

Para começar, esteja atento a possíveis vazamentos, em especial no banheiro, ou mesmo a uma torneira pingando.

Caso tenha equipamentos conectados à eletricidade, cogite desligá-los quando não utilizados e providencie a manutenção preventiva para que nada estrague.

E na telefonia e internet, quanto está pagando atualmente?

Será que não existe um plano mais básico, que caiba no seu bolso e ainda ofereça tudo o que precisa? Talvez você encontre melhor opção em outra operadora.

E você paga aluguel? Quando chegar a hora de um reajuste, negocie uma revisão do contrato para baixo.

Se tiver bons argumentos, pode economizar onde menos espera.

6. Priorize as contas a pagar

Já que acabamos de falar sobre economia, um bom controle de contas a pagar é também uma medida para gastar menos dinheiro.

Quando você quita todos os débitos da empresa em dia, foge de multas e juros, que podem consumir uma quantia relevante do seu orçamento.

Além disso, ainda mantém seu crédito no mercado junto aos bancos e fornecedores.

Essa é uma economia de verdade e não ilusória, quando você resolve “pedalar” uma conta para o mês seguinte.

Afinal, nesse caso, o débito permanece e o ato desonesto ainda rende uma fama de caloteiro.

7. Use a tecnologia a seu favor

Quer uma boa notícia? Você se tornou MEI em uma época privilegiada.

Graças à tecnologia, um bom controle financeiro não precisa mais ser feito no papel.

Sai de cena a prancheta e entram softwares e aplicativos, oferecendo funcionamento online, armazenamento na nuvem e acesso às principais informações do negócio de qualquer lugar.

Basta estar conectado à internet.

Até mesmo a conta em banco, uma vantagem da formalização como microempreendedor individual, agora é digital.

Permitindo emitir boletos, realizar pagamentos, fazer uma reserva financeira e ter total domínio sobre o dinheiro do negócio sem precisar ir a uma agência.

Bônus: 3 aplicativos para o MEI organizar as finanças

Saiba mais sobre três aplicativos para dispositivos móveis especialmente desenvolvidos para o público MEI:

conta.MOBI

O aplicativo é vinculado à conta digital, agregando uma série de funcionalidades para a gestão financeira do MEI.

Entre outros recursos, permite a emissão de boletos, fazer pagamentos de contas nos Correios e tirar dúvidas com uma rede de contadores credenciados.

Outro destaque está no cadastramento de uma meta financeira, recebendo uma ajudinha do sistema inteligente para a sua realização.

O app está disponível para download em celulares e tablets com os sistemas Android e iOS.

Qipu

Agrega gratuitamente uma série  de funções relacionadas à gestão financeira do MEI, como fluxo de caixa e conciliação bancária.

Também permite a emissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) diretamente do app.

Traz gráficos para controle de vendas e despesas e notifica o usuário sobre contas a pagar e outras obrigações.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Buscapé Company desenvolveram o aplicativo, que pode ser baixado em celulares com os sistemas Android, iOS e Windows Phone.

Meu Negócio em Dia

Aplicativo gratuito que permite analisar as principais receitas e despesas e até mesmo a viabilidade do negócio.

Dando um caminho para decisões mais assertivas e o uso seguro de produtos e serviços financeiros.

O app foi desenvolvido em parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Sebrae.

Ele está disponível para aparelhos com os sistemas Android, iOS e Windows Phone.