Economia, Gastronomia

Quase 60% dos donos de bares e restaurantes têm problemas para pagar salários, segundo pesquisa da Abrasel

Levantamento foi feito com 457 empresários de Minas Gerais


Créditos da imagem: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
O presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, afirma que 56% dos bares e restaurantes são obrigados, por exemplo, a fecharem antes das 20h para cumprir as regras sanitárias atuais, em vigor na grande maioria dos 853 municípios de Minas

Redação Sou BH

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06/06/21 às 10:13
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Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), realizada com 457 empresários do setor em Minas Gerais revelou que 58% deles alegam ter problemas para pagar integralmente os salários de abril vencidos no quinto dia útil deste mês. As restrições no funcionamento das empresas, impostas pelas prefeituras e governo do estado, para tentar conter o avanço da Covid-19, estão entre os principais motivos que vêm contribuindo com a queda no faturamento, o que impede os proprietários de arcarem com os compromissos financeiros.

O presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, afirma que 56% dos bares e restaurantes são obrigados, por exemplo, a fecharem antes das 20h para cumprir as regras sanitárias atuais, em vigor na grande maioria dos 853 municípios de Minas. “A liberação do funcionamento até às 19, 20h é irrisória, principalmente para um segmento que precisa funcionar a noite, já que o horário noturno é responsável por 70% das nossas receitas. Com isso estamos faturando menos de 40% em relação ao que arrecadávamos antes da pandemia”, revela.

Outro fator que, segundo Matheus, é crucial para deixar a saúde financeira das empresas de alimentação fora do lar bastante vulnerável neste momento de pandemia, é a burocracia e morosidade do governo e de bancos privados na concessão de linhas de crédito. “O alto endividamento e a luta para nos mantermos respirando tornam gigantesca a necessidade de crédito emergencial barato e rápido. Prova disso é que três a cada quatro empresários ouvidos na pesquisa recorreriam ao Pronampe neste momento, se ele fosse reaberto. É preciso destravá-lo”.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 10 de maio.