Petiscos carregados de tradição e sabores mineiros garantem público cativo
Com o fim de mais uma etapa do Comida di Buteco em Belo Horizonte, bate aquela saudade de sair à rua com a missão de provar um tempero caseiro, uma receita exclusiva e aquele jeitinho de servir que só os mineiros têm. Quem aproveitou a seleção de 121 bares do concurso na capital mineira provou pratos dos mais surpreendentes aos bem tradicionais, em edição com tema livre que deixou os estabelecimentos à vontade para entregarem suas especialidades.
Mas é claro que BH, com seus mais de 4 mil bares, continua tendo opções de tira-gostos incríveis durante o ano inteiro. Sem Comida di Buteco, é hora de Sou BH reunir alguns dos petiscos imperdíveis espalhados pela cidade, então confira nossa lista e aproveite para conhecer – ou revisitar – alguns dos pratos mais saborosos na culinária botequeira da capital.
Segunda a sábado, das 11h à 0h | Rua Castelo da Beira, 262 – Castelo
Em dias frios, ou ainda sob qualquer mudança para um tempo mais ameno, o angu no Bar do Juveninha funciona como opção infalível e carregada de tradição botequeira. São várias as possibilidades de combinação do angu no cardápio da casa, que está entre os bares mais populares do Castelo. Um dos imperdíveis é a porção de angu à baiana com suã (R$ 34,90), que traz a carne de porco bem regada no caldo de fubá, mas também há versões com pescoço de peru, carne cozida, molho à bolonhesa e língua recheada.
Terça a sábado, das 11h às 23h; domingo das 11h às 20h | Av. Dr. Cristiano Guimarães, 1.389 – Planalto
Um fenômeno de público da Região Norte de BH, o botequim da cozinheira Alaíde Carneiro virou sensação por causa dos bolinhos de recheios diversos. A chef garante que algumas das receitas costumam vir à mente enquanto ela dorme, e o resultado são petiscos realmente dos sonhos – quando ficam prontos, uma pequena multidão costuma se formar à frente do bar. Com preços entre R$ 7 e R$ 20, os bolinhos da Alaíde trazem recheios como camarão com requeijão, baião de dois, tutu com torresmo e vatapá com carururu. O preferido da galera, segundo a chef, é o Choquinho, que leva camarão, catupiry e batata palha.
Quarta a sexta de 14h à 1h; sábado de 11h à 00h; domingo de 11h às 21h | Rua Mármore, 556 – Santa Tereza
Celebrada por clientes, blogueiros, críticos e outros especialistas, a almôndega que é carro-chefe do bar em Santa Tereza tornou-se conhecida em toda a cidade pela suculência e pelo sabor. Por R$ 23, é servida uma bola de carne com tamanho generoso, acompanhada de molho da casa, queijo Minas derretido, batata cozida e farinha de fubá torrado. O prato é extremamente popular no bairro boêmio e alimenta os olhos antes de chegar à boca, além de perfumar a mesa com aromas inconfundíveis da culinária de boteco.
Segunda a sexta de 14h às 23h; sábados de 9h às 20h; domingos e feriados de 9h às 16h | Rua Estrela Vespertina, 180 – Estrela do Oriente
Um bar simples, em bairro pouco badalado e na pegada “boteco raiz”, o Pangaré serve um dos torresmos mais distintos da capital mineira. Sem muita invenção, o clássico que sai da cozinha é preparado com bastante cuidado pelo experiente Humberto, o Pangarezinho, e servido a R$ 10 o pedaço. Crocante e suculento nos pontos certos, o petisco que tem a cara da culinária mineira é acompanhamento ideal para uma cerveja bem gelada (a partir de R$ 6), ou ainda para uma dose das cachaças “da roça” (a R$ 3) que o bar reserva.
Segunda a sexta de 17h à 00h; sábado de 15h à 00h | Av. dos Andradas, 367 – loja 344A, 2º andar – Edifício Central – Centro
Com a proposta de investir em uma “culinária vegetal de boteco”, o Baixaria aposta em várias opções de tira-gostos para veganos e vegetarianos. São opções descomplicadas, mas muito saborosas, que valorizam ingredientes locais e vegetais comuns na culinária mineira. Um dos destaques é o Pega a Visão (R$ 32,90), que traz cogumelos confitados no azeite, alho, ervas e batata bolinha fermentada. O resultado tem um colorido vibrante e sabores bem marcados nos cogumelos refogados, que caem bem com o molho de pimenta da casa e acompanhamento de pãezinhos fatiados. Outro irresistível e sem proteína animal é o crocante Margoso (R$ 34,90), porção de jiló laminado e empanado com queijo parmesão.