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Saruê vai fechar unidade do Castelo por problemas com a prefeitura de BH

Sócio do bar critica Lei do Silêncio e diz que normas exigidas pela prefeitura são “inviáveis”



Créditos da imagem: Pedro Bargas
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O anúncio do fechamento foi feito pelo sócio-administrador da casa, Gustavo Goulart, pelas redes sociais
Redação Sou BH
22/05 às 12:21
Atualizado em 22/05 às 12:21

Em um duro golpe para a cena cultural belo-horizontina, o tradicional bar Saruê, localizado no bairro Castelo, na Pampulha, anunciou o encerramento de suas atividades até o final de junho. A decisão, tomada pelos sócios do estabelecimento, é resultado de embates com a Lei do Silêncio e novas determinações da Prefeitura de Belo Horizonte, consideradas por eles inviáveis para a realização de eventos culturais.

Embate com o poder público

Pelas redes sociais, o sócio-administrador da casa, Gustavo Goulart, disse que a emissão do laudo acústico dentro das normas exigidas pela administração municipal é inviável. “Estamos buscando soluções para conseguir a renovação do nosso alvará, mas infelizmente a legislação inviabiliza o fazer cultural em todas as frentes”, alega.

O que diz a Lei do Silêncio

A Lei 9.505/2008, que rege a música ao vivo em bares em BH, define os seguintes limites de ruídos:

  • Entre 19h e 22h: 60 decibéis
  • Entre 22h e meia-noite: 50 decibéis
  • Entre meia-noite e 7h: 45 decibéis

Embora a lei tenha o objetivo de garantir o sossego dos moradores, muitos críticos argumentam que seus limites excessivamente rigorosos sufocam a cena cultural da cidade. Goulart ecoa essa crítica, afirmando que a legislação "inviabiliza o fazer cultural em todas as frentes".