Servidores rejeitam proposta de reajuste salarial da PBH e ameaçam novas manifestações
Apesar da insatisfação, trabalhadores decidiram descartar possibilidade de greve após assembleia
Por Camila Saraiva
Os servidores públicos da capital
rejeitaram a proposta de reajuste salarial da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) referente à inflação
de janeiro a junho deste ano. O Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) garantiu que novos protestos e ações
serão realizados até que um acordo seja feito. A decisão foi tomada durante
uma manifestação dos trabalhadores, na manhã desta quarta (23) em frente à sede
da PBH. Também ficou acordado que os servidores não vão aderir à greve.
O aumento proposto pelo Sindibel foi de 17%, percentual que abrange, segundo o sindicato, as perdas nos reajustes anteriores. “A proposta da prefeitura não considera as perdas que tivemos em 2015 e 2016, apenas a inflação deste ano. Sendo assim nós rejeitamos a proposta, não vamos fazer greve, mas vamos continuar protestando nas ruas da cidade” explica ao SouBH o presidente do Sindibel, Israel Arimar.
Em contrapartida, a PBH ofereceu 2,53%, que representa o dobro do índice de inflação (INPC) acumulado em 2017 no período de janeiro a junho. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação (SMPL), esse valor está dentro das possibilidades financeiras do município.
Em nota, a PBH se comprometeu em reunir com o grupo novamente, em novembro de 2017, para avaliar a dinâmica da receita e, caso seja percebido um aumento de arrecadação, realizar mais estudos para apresentar novos índices de reajuste.