Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura alegou que 'A Primeira Tentação de Cristo' ofende a fé católica e pediu indenização de R$ 2 milhões
A produtora Porta dos Fundos e a Netflix venceram o processo
movido pelo grupo católico Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura por conta
do filme ‘A Primeira Tentação de Cristo’, lançado em 2019. A entidade religiosa
alegava que o filme ofendia a fé católica e cobrava indenização de R$ 2
milhões, R$ 0,02 por católico brasileiro.
O especial traz uma versão de Jesus Cristo, interpretado por
Gregório Duvivier, insinuando que ele teria vivido uma experiência homossexual
durante os seus 40 dias no deserto. O Tribunal de Justiça do Rio negou o
pedido, afirmando que uma obra de humor não tem o poder de abalar os
fundamentos de uma religião.
“Um esquete humorístico que utiliza figuras históricas
e religiosas como pano de fundo não possui o condão de vilipendiar ou abalar os
valores da fé cristã, que são muito mais profundos. Assim, mantendo-se as rés
dentro do espectro da legalidade, entendo que também não merece amparo o pedido
de indenização por dano moral”, afirma um trecho da decisão da juíza
Adriana Sucena Monteiro, da 16ª Vara Cível.
Em sua decisão, a magistrada disse que não irá condenar o
Centro Dom Bosco a pagar os honorários de advogados e custas e despesas
processuais do Porta dos Fundos. Segundo ela, “não foi comprovada
má-fé” por parte dos acusadores.
Mas, afinal, o filme é ofensivo ou não? Assista e forme sua
própria opinião.
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