Saiba como chegar, o que fazer e onde se hospedar para aproveitar ao máximo o Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina
Sabe quando você entra em um lugar e parece ser transportado para outra realidade? Assim é Biribiri. O Parque Estadual, que pertence a Diamantina, fica na Serra do Espinhaço, a 300 km de BH. Sim, a gente sabe que o caminho é longo, mas vale cada segundo.
A Vila do Biribiri, que fica dentro do Parque Estadual, foi fundada em 1877 para abrigar os funcionários de uma fábrica de tecidos e fiação que funcionava na região, chegando a hospedar mais de 600 famílias. A fábrica encerrou suas atividades em 1972 e, hoje, o vilarejo é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). O charme do vilarejo somado à beleza natural do Parque fazem de Biribiri um destino inesquecível.
A apenas 15 km de Diamantina, Biribiri é figurinha carimbada em qualquer roteiro que passe pela cidade histórica, mas ele também pode ser incluído em um roteiro por Milho Verde ou Gouveia, por exemplo, já que tudo fica bem pertinho e a estrada tem condições boas para um bate e volta até essas cidades. Fazer o bate e volta de BH para Biribiri pode ser bem cansativo, já que gastaria aproximadamente umas 4 horas por trecho, mas tem quem anime. Independente da forma que você planeja conhecer Biribiri, uma coisa é certa, você não vai se arrepender.
Bom, como dissemos, a melhor pedida para aproveitar Biribiri é se hospedar em Diamantina. A cidade conta com muitas opções de pousadas, para todos os gostos e bolsos, e você aproveita o fim de semana fazendo um roteiro dois em um. As cidades próximas também são uma opção para quem quer fugir da badalação de Diamantina, como Gouveia.
Agora, se você quer viver Biribiri ao máximo, existe a opção de se hospedar dentro da vila, que conta com uma pousada – a partir de R$ 280 a diária – e com algumas casinhas disponíveis para aluguel no Airbnb, para quem quer, como a gente, visitar novamente a vila com a família toda!
O grande atrativo do parque é, sem dúvidas, o contato com a natureza. São mais de 17 mil hectares de mata nativa e cachoeiras lindíssimas, como a Cachoeira da Sentinela, com várias quedas e piscinas naturais, a Cachoeira dos Cristais, e os poços da Água Limpa e Estudantes.
O caminho dentro do parque é todo em estrada de terra, mas você pode percorrê-lo de carro e estacionar o veículo nos estacionamentos indicados ou fazer as trilhas que levam às cachoeiras e mirantes. A estrada é toda bem sinalizada, não havendo a necessidade de contratação de guia. O mapa das trilhas e outras informações estão no site do IEF.
O parque funciona todos os dias de 8 às 17h e a entrada é gratuita.
dica #aquipertin: o roteiro mais usual de ser fazer no parque é ir bem cedinho, aproveitar as cachoeiras durante toda a manhã e início da tarde e depois subir até a vila para almoçar. Só cuidado pra não passar do horário, hein?
Dirigindo por volta de 15 minutos dentro do Parque Estadual, você chega a Vila do Biribiri, onde é necessário pagar um ingresso de R$ 10 por pessoa (apenas em dinheiro, ok?). Da portaria você já tem uma vista panorâmica da vila e é, de fato, amor à primeira vista. As várias casinhas em tons de azul e branco com um quintal único e imenso de grama verdinha, o charme da Igreja Sagrado Coração de Jesus, de 1876, e a Serra do Espinhaço emoldurando a vila por todos os lados. A sensação é apenas de querer que o tempo pare para não ter que ir embora!
Para almoçar, fomos ao Restaurante do Adílson. É muito fácil de encontrar já que as mesinhas de madeira ficam embaixo de uma porção de árvores no final da vila, em uma sombra deliciosa. No cardápio, opções de porções e pratos feitos, além do self-service de comida mineira no fogão a lenha (R$ 59,90 o quilo). Nós optamos por experimentar algumas porções, como a de carne de sol com mandioca (R$ 48). O atendimento é muito bom e a cerveja geladíssima, como o calor de Biribiri exige!
dica #aquipertin: há também uma cafeteria que vende algumas opções de bebidas e lanches e itens produzidos na região como pó de café, cachaças e cervejas artesanais.
Bom, após nadar, comer e descansar na sombra de uma árvore, o relógio já estava marcando quase 17h e era hora de ir embora. Voltamos para a casa apaixonados e doidos para contar tudo aqui para vocês, porque dica boa merece ser compartilhada, né? E você, conhece Biribiri?
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