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Minas subterrânea: 10 cavernas e grutas para conhecer em MG

Minas Gerais esconde cavernas e grutas próximas a BH e no interior, oferecendo turismo, história e aventura em paisagens subterrâneas únicas


Créditos da imagem: Reprodução / Wikipédia
Gruta do Janelão, em Itacarambi, impressiona com suas claraboias naturais e a maior estalactite registrada no Brasil, atraindo turistas e aventureiros Gruta do Janelão, em Itacarambi, impressiona com suas claraboias naturais e a maior estalactite registrada no Brasil, atraindo turistas e aventureiros

Maria Clara Landim

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02/10/25 às 12:34 - Atualizado em 02/10/25 às 15:13
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Minas Gerais guarda, em seu subsolo, um dos patrimônios naturais mais fascinantes do país. São milhares de cavernas e grutas catalogadas, com formações que impressionam pela beleza, mas também pelo valor histórico, arqueológico e científico. Muitas delas ficam próximas à Região Metropolitana de Belo Horizonte, enquanto outras se espalham pelo interior, compondo roteiros que unem turismo, cultura e preservação.


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Se você é amante da natureza, da aventura e da história, pode desbravar algumas das cavernas e grutas mais impressionantes do estado. Entre formações rochosas esculpidas ao longo de milhares de anos e sítios arqueológicos que guardam vestígios da presença humana pré-histórica, Minas Gerais revela um universo subterrâneo único. Confira a lista a seguir com dez destinos imperdíveis.

Gruta de Maquiné (Cordisburgo – 120 km de BH)

A cerca de 120 km da capital mineira, em Cordisburgo, está a Gruta de Maquiné, considerada a “catedral das cavernas brasileiras”. Com sete salões e 650 metros de extensão, o local impressiona pelas formações grandiosas e pelo valor histórico, já que foi estudado por Peter Lund, o naturalista dinamarquês considerado o “pai da paleontologia brasileira”.

A visita à Gruta de Maquiné é paga: os ingressos custam R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia-entrada, com gratuidade para crianças de até cinco anos e moradores de Cordisburgo mediante comprovante. O local funciona diariamente, das 8h30 às 17h, sendo que a última visita guiada começa às 16h.

Gruta da Lapinha (Lagoa Santa – 50 km de BH)

Também próxima da capital, em Lagoa Santa, a Gruta da Lapinha integra o Parque Estadual do Sumidouro. São 15 galerias abertas à visitação, em um passeio que alia beleza natural a ciência, já que no mesmo espaço funciona o Museu Peter Lund, com fósseis e registros pré-históricos da região.

A entrada para a Gruta da Lapinha custa R$ 25. Moradores de Lagoa Santa, estudantes e idosos têm direito à meia-entrada. O funcionamento é de terça a domingo, das 8h30 às 16h, com visitas guiadas. O ingresso também dá acesso ao Museu Peter Lund, que fica na mesma área.



Gruta Rei do Mato (Sete Lagoas – 62 km de BH)

Em Sete Lagoas, a 62 km de Belo Horizonte, está a Gruta Rei do Mato, um dos pontos mais visitados do Circuito das Grutas. O local conta com passarelas e iluminação que revelam salões repletos de estalactites raras, além de pinturas rupestres com milhares de anos.

O ingresso custa R$ 15,00 para adultos e R$ 12,50 para estudantes com 18 anos ou mais, idosos e professores. Crianças até 5 anos não pagam. O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h.

Grutinha (Sete Lagoas – 62 km de BH)

No mesmo complexo da Rei do Mato está a Grutinha, menor e mais simples, mas igualmente interessante. Suas inscrições rupestres ajudam a compreender a passagem de povos antigos pela região e podem ser visitadas no mesmo dia.

A entrada para a Grutinha é gratuita, mas é necessário agendar a visita com antecedência. O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h.

Gruta do Sumidouro (Lagoa Santa – 50 km de BH)

Também na Região Metropolitana, a Gruta do Sumidouro faz parte do parque de mesmo nome e se tornou célebre por abrigar fósseis humanos e de animais estudados por Peter Lund, reforçando a importância arqueológica de Minas Gerais.

A entrada para a Gruta do Sumidouro é gratuita. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 17h.

Gruta do Janelão (Itacarambi – 600 km de BH)

No norte do estado, dentro do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, está a Gruta do Janelão, cartão-postal do turismo espeleológico em Minas. Suas claraboias permitem a entrada de luz natural, criando jardins subterrâneos, e ali está a maior estalactite já registrada no mundo, com 28 metros.

A visita à Gruta do Janelão é gratuita, mas é obrigatório agendar com antecedência através de guias credenciados. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 18h.

Lapa dos Desenhos (Itacarambi – 600 km de BH)

Ainda no Peruaçu, a Lapa dos Desenhos preserva impressionantes painéis de arte rupestre, com registros gráficos de milhares de anos que ajudam a contar a história dos primeiros habitantes da região.

A entrada para a Lapa dos Desenhos é gratuita. O horário de funcionamento é de quarta a domingo, das 8h às 14h.



Lapa do Boquete (Itacarambi – 600 km de BH)

Outra caverna de relevância arqueológica no Peruaçu é a Lapa do Boquete, onde foram encontrados sepultamentos e vestígios de antigas populações. O local tem grande valor científico e cultural.

A entrada para a Lapa do Boquete é gratuita. O horário de funcionamento é de quarta a domingo, das 8h às 14h.

Caverna dos Macacos (Natalândia – 480 km de BH)

Mais ao norte, em Natalândia, a Caverna dos Macacos é um destino rústico que atrai aventureiros. Suas formações naturais e o acesso mais desafiador proporcionam um contato intenso com a natureza.

A entrada para a Caverna dos Macacos é gratuita. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 18h.

Grutas de Botumirim (Vale do Jequitinhonha – 650 km de BH)

No Vale do Jequitinhonha, a cerca de 650 km da capital, as grutas de Botumirim são pouco exploradas pelo turismo convencional, mas despertam interesse de pesquisadores e espeleólogos pelo seu potencial natural e científico.

A entrada para as Grutas de Botumirim é gratuita. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 18h.

Por que visitar?

Visitar essas cavernas é mergulhar em milhões de anos de história natural e humana. As formações geológicas levaram séculos para se moldar, enquanto pinturas e fósseis revelam a presença de povos pré-históricos. Além do impacto visual, os passeios despertam a consciência sobre preservação e sobre a importância de se proteger esse patrimônio.

Dicas práticas

A maioria das grutas exige acompanhamento de guias credenciados, o que garante segurança e conservação.

👟 É recomendável usar roupas leves, calçados fechados e levar água.

📸 Fotografar costuma ser permitido, mas sem flash em áreas de pinturas rupestres. O mais importante é não tocar nas formações, um simples contato pode interromper séculos de processos naturais. Respeitar as regras dos parques é essencial para que as próximas gerações também possam se encantar com a riqueza subterrânea de Minas Gerais.