Variedades

78 anos do Copo Lagoinha: por que ele é um ícone de BH

Nascido em São Paulo, o modelo se consagrou em BH e hoje é parte da identidade cultural da capital dos botecos


Créditos da imagem: Reprodução
Copo Lagoinha Criado em 1947, o copo americano ganhou nome e identidade própria no bairro Lagoinha e virou patrimônio afetivo de BH

Ana Clara Parreiras

|
20/10/25 às 16:13
compartilhe

Setenta e oito anos depois de chegar às mesas brasileiras, um copo de 190 mililitros segue ocupando lugar de destaque nas rodas de conversa, nos balcões e nas cozinhas de BH.

O chamado Copo Lagoinha — nome dado pelos mineiros ao modelo americano criado em 1947 — tornou-se um dos maiores símbolos da capital.


Leia mais:


(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)

Do “americano” ao “lagoinha”

O formato pequeno, resistente e fácil de empilhar conquistou o gosto popular em pouco tempo. Mas foi na capital do botecos, entre os bares do bairro Lagoinha, que o copo ganhou identidade própria.

A história conta que o apelido surgiu em um armazém local, único ponto que vendia o modelo na cidade na década de 1950.

O comerciante Joaquim Vaz de Mello, conhecido como Quim Quim, foi o responsável por difundir o copo na capital. Seu armazém, na esquina da Rua Itapecerica com a Avenida do Contorno, tornou-se referência entre os frequentadores da região.

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)

Um símbolo da vida cotidiana

Com o tempo, o Lagoinha se espalhou pelos botecos e passou a representar mais do que um utensílio de vidro. Tornou-se uma espécie de elo entre gerações, acompanhando o café de manhã, o suco no almoço e a cerveja no fim do expediente.

Em uma cidade reconhecida pela cultura dos bares, o copo virou símbolo de pertencimento.

O objeto também rompeu barreiras. O design simples e funcional foi incluído no acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York, como exemplo de criação brasileira com apelo universal.

Hoje, o modelo original inspirou versões em diferentes tamanhos e usos — de miniaturas para doses a jarras de um litro.