Carro próprio ou aplicativo? O que vale mais a pena?
Estudo realizado pela 99 calcula o custo da mobilidade urbana e quando o uso diário de aplicativos pode ser mais vantajoso do que os gastos com o carro próprio
O transporte de passageiros por aplicativos caiu no gosto popular
e já é a principal opção em mobilidade para muitos brasileiros. Com serviços
cada vez mais acessíveis, a dúvida que fica é se vale a pena manter um carro
próprio, ou vendê-lo e usar apenas os apps. Independentemente da sua rotina, o
importante é colocar todos os gastos na ponta do lápis para tomar a decisão.
Um estudo realizado pelo departamento de Pesquisa e
Políticas Públicas da 99, na Região Metropolitana de São Paulo, comprova que o
uso diário do aplicativo para dois deslocamentos de até seis quilômetros por
trecho pode ser mais vantajoso economicamente do que os custos com o carro
próprio.
O levantamento considerou os gastos fixos e variáveis que um
motorista tem com um veículo particular ao longo do ano para percorrer um
trecho de 12 quilômetros por dia. Entre eles, combustível, manutenção (troca de
peças e outros serviços), seguro, estacionamento, impostos e lavagens.
Estima-se que, para um carro de R$ 40 mil, com uma média de
consumo de um litro de combustível a cada dez quilômetros, esses custos cheguem
a mais de R$ 10 mil por ano. O mesmo trajeto percorrido em corridas por meio do
99 Pop exigiriam um investimento de cerca de R$ 7 mil – uma economia de R$
3.225 por ano.
“A mobilidade urbana é um desafio diário enfrentado pela
população, principalmente nos grandes centros. A partir de uma série de
estudos, percebemos que o uso de aplicativos de transporte privado surgiu como
uma alternativa equilibrada para quem antes dependia do transporte público,
muitas vezes inefetivo e desconfortável, ou do carro próprio, extremamente
oneroso”, explica Ana Guerrini, diretora de Pesquisa e Políticas Públicas da
99.
A especialista argumenta que a opção pelo transporte por
aplicativo também tem benefícios positivos para o tráfego e o meio ambiente no
médio e longo prazo. “Com os novos serviços, o usuário tem o conforto e a
autonomia do transporte individual, à medida que contribui para o movimento de
compartilhamento de frota, que pode reduzir o número de congestionamentos e,
consequentemente, a emissão de poluentes”, avalia.
Alternativa já é
realidade em BH
O estudo sobre o preço da mobilidade urbana da 99 tem a
cidade de São Paulo como referência, mas equivale à realidade de outras
metrópoles, como Belo Horizonte. Por aqui, cresce o número de pessoas que abriram
mão do carro próprio para adotar o uso de aplicativos de transporte particular.
É o caso do médico Lucas Guedes. Recém-chegado a BH, Lucas vendeu o seu carro
recentemente, após perceber que ele estava subutilizado e gerava um custo anual
de aproximadamente R$ 8.500, considerando gastos com a desvalorização do
veículo, impostos, seguro, estacionamento, entre outros.
Já para o empresário Vitor Lopes Coutinho, a decisão de
adotar o aplicativo de transporte particular como o seu principal meio de deslocamento
envolveu não só uma questão econômica, mas uma mudança de mentalidade sobre
mobilidade. Há um ano sem carro, Vitor acredita que, além da economia de cerca
de 50% dos custos mensais com o veículo – que tem controlado na “ponta do
lápis” – a escolha melhorou sua qualidade de vida. “Eu sou muito mais feliz.
Hoje, no caminho para o escritório utilizo o aplicativo e aproveito o tempo
para observar a cidade ou até mesmo trabalhar. Na volta para casa, é o momento
de caminhar e espairecer. Percebo que
agora tenho mais noção sobre os espaços da cidade e liberdade para escolher
quando quero parar e encontrar um amigo, por exemplo, sem ter que me preocupar
com vagas de estacionamento ou questões de segurança, como beber e dirigir”, relata.
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