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Estouros de fim de ano: conheça alternativas para substituir os fogos de artifício

A tradição do Réveillon pode ser substituída por algumas opções menos barulhentas ou utilizada com mais segurança para não causar acidentes



Créditos da imagem: Alexandre Macieira/Agência Brasil
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Redação Sou BH
10/12/18 às 17:11
Atualizado em 01/02/19 às 19:45

Por Júlia Alves

Dezembro chegou e os fogos de artifício estão de volta à pauta. Com as festas de fim de ano, principalmente o Réveillon, a tradição de soltar os famosos foguetes sempre gera polêmica entre quem adora e quem é contra. Para fugir das controvérsias e agradar a todos, que tal pensar em algumas alternativas para os estouros que não vêm do espumante?

Entre fogos indoor ou as conhecidas faíscas, chuva de papel e até, em alguns locais, luzes de LED e drones, você tem algumas opções para comemorar a virada do ano sem incomodar animais, idosos, crianças e pessoas com maior sensibilidade a muito barulho. Principalmente com a possibilidade de ficar proibida a fabricação, comercialização e utilização de fogos de artifício em BH. Pelo menos é o que propõe o Projeto de Lei 147/17, do vereador Osvaldo Lopes (PHS), que está tramitando, em segundo turno, na Câmara Municipal.

Então, confira algumas alternativas para os efeitos especiais do seu Réveillon:

Fogos ‘silenciosos’

Muita gente não quer abandonar a tradição de soltar foguetes na virada. Por isso, os fogos ditos silenciosos estão recebendo bastante atenção. Porém, como alerta Marcos Vinícius de Oliveira, diretor da loja Minas Pirotécnica, não existem fogos de artifício sem barulho. “É um mito que estão criando. Todos têm algum tipo de ruído, seja na deflagração ou no estouro no céu. Existem aqueles que não estouram no céu. Esses têm menos barulho, mas, ainda assim, terá o som da propulsão, mesmo que mais baixo”, afirma.

O diretor da loja, localizada no Barro Preto, na região Centro-Sul de BH, ainda pontua que existem empresas trabalhando na fabricação de fogos com menos ruído. Segundo ele, foguetes comuns têm uma média de 60 decibéis (dB), estes novos formatos teriam entre 30 e 35 dB. Entretanto, ainda não estão no mercado. Por isso, Marcos pontua que hoje não é possível encontrar nenhum modelo totalmente sem som.

 Outras opções

Para quem quer fugir dos fogos, mesmo dos ‘silenciosos’, existem algumas opções. De acordo com Márcio Costa, diretor da MM Efeitos Especiais e Fogos, de Contagem, na Grande BH, os clientes podem adaptar a comemoração ao seu gosto e ao local. “Quando o ambiente não suporta ou a pessoa quer substituir os fogos, temos o CO², a fumaça rasteira e a colorida, que pode ser usada em ambientes abertos e em um dispositivo na mão. Tem também os fogos indoor, que são a cascata de faísca que não queima, a chuva de papel, serpentina e alguns outros efeitos”, comenta o diretor.

Segundo Márcio, todas as alternativas podem ser utilizadas com o sistema de acionamento remoto, assim como os fogos de artifícios tradicionais. O diretor ainda comenta que os kits e conjuntos de foguetes são os que mais saem nesta época do ano, principalmente com o modo de acionamento à distância, que aumenta a segurança. Os fogos avulsos e com encaixe no chão – foguetes de solo – também têm grande saída e possuem um tempo para a pessoa se afastar antes do disparo. Márcio alerta para as pessoas se atentarem às instruções do manual e utilizarem os produtos corretamente para evitar acidentes.


Mariait/Shutterstock

Segurança

Antes de partir para a celebração, seja com fogos ou com as alternativas, é importante priorizar a segurança. De acordo com o aspirante Leonardo Botelho, do Corpo de Bombeiros, primeiro, a pessoa deve ficar atenta à loja onde vai comprar o produto e às instruções no manual de uso.

“A loja deve ser credenciada e regularizada pelos órgãos do governo. Isso dá a garantia de que profissionais treinados vão instruir corretamente sobre o uso. Os produtos também devem ter o selo do Inmetro, além disso, as pessoas devem ter cuidado no manuseio e usar os fogos somente em locais abertos, longe da rede elétrica e não jogar diretamente em outras pessoas”, afirma o bombeiro.

Ainda segundo o aspirante Leonardo, o armazenamento do material em local seco e arejado é muito importante, assim como não utilizar novamente foguetes que falharam e não acionar os dispositivos após ingestão de bebidas alcoólicas.

Então, quem ainda optar pelos foguetes nas comemorações, deve seguir as instruções atentamente. Já que, quando utilizados de forma incorreta, os fogos podem gerar ferimentos graves.

“Os ferimentos mais comuns são as queimaduras, principalmente por causa da explosão. Quando a pessoa não solta no tempo adequado ou não utiliza a base corretamente, pode causar amputações, em alguns casos o usuário pode, até mesmo, perder a mão. Além disso, também atendemos casos de cegueira e surdez dependendo do foguete e da proximidade”, comenta o bombeiro.