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Estátua de Dona Lucinha é inaugurada no Mercado Central, em Belo Horizonte

Escultura de bronze em tamanho natural presta homenagem a uma das maiores representantes da culinária mineira



Créditos da imagem: Jair Amaral/EM/D.A Press
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O monumento, de aproximadamente 1,70 m de altura e 160 quilos, foi confeccionado por Leo Santana
Redação Sou BH
10/07/23 às 07:48
Atualizado em 10/07/23 às 07:49

“O Mercado me enche de encantos: lugar dos temperos, das cores e sabores. Aqui sinto-me em casa”. Esses são os dizeres de Dona Lucinha (1932-2019) que acompanham a estátua de bronze inaugurada em sua homenagem no último sábado (8/7), no Mercado Central, na entrada entre a Rua Curitiba e a Avenida Augusto de Lima, no Centro de Belo Horizonte.  

O monumento, de aproximadamente 1,70 m de altura e 160 quilos, foi confeccionado por Leo Santana, renomado artista mineiro que criou as estátuas de Carlos Drummond de Andrade, instalada no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, e a de Tiradentes, localizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. 

“Este é um momento emocionante para o estado de Minas Gerais, que celebra a culinária típica em uma das suas principais atrações turísticas. A estátua de bronze de Dona Lucinha é uma representação duradoura de sua importância na história da gastronomia mineira e eterniza seu trabalho incansável em levar a culinária raiz para o mundo”, comenta Márcia Nunes, filha de Dona Lucinha.

Quem foi Dona Lucinha

A cozinheira, uma das maiores representantes da culinária mineira, faleceu em abril de 2019, aos 86 anos. Ela fundou a rede de restaurantes que leva o seu nome em BH e São Paulo, ganhou prêmios em vários festivais e já foi tema de samba-enredo no Rio. A mineira nascida no Serro teve 11 filhos, 25 netos, e foi professora do primário, catequista, salgadeira, doceira, feirante, quitandeira, diretora escolar e vereadora.

Para a chef Elzinha Nunes, outra filha de Dona Lucinha, a mãe agora se veste de bronze para dar ainda mais voz, ao que fez por toda a sua vida, “fazer ecoar o valor universal da Cozinha de Minas”, diz ela emocionada e garante que “a obra é a representação perfeita de sua importância para a história da gastronomia mineira”.