A cantora alagoana radicada em Minas Gerais sofria de doença renal crônica e insuficiência cardíaca
A cantora Dona Jandira faleceu na última sexta-feira, 4, aos 85 anos, vítima de uma doença renal crônica e insuficiência cardíaca. O velório acontece neste sábado, 5, das 12h30 às 16h30, no cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, em Belo Horizonte.
Nascida em Maceió (AL), em 1938, Jandira Célia cresceu em uma família musical, mas não teve oportunidade de se dedicar à música. ‘Cantora desde berço’, como ela mesmo dizia, cantou na escola, na igreja e em festas de família, mas só começou a viver de música a partir dos 64 anos, quando se mudou para o povoado de Itatiaia, em Ouro Branco, na região Central de Minas.
Ainda no Nordeste, Dona Jandira se formou em pedagogia e foi professora por muitos anos. Sempre apaixonada pelo canto, costumava embalar canções para seus alunos e chamava a atenção pela sua facilidade de criar melodias e letras para as festas temáticas da escola.
Aposentada das salas de aula, passou a atuar como artesã e comerciante. Daí, surgiu a oportunidade de trabalhar em Minas Gerais e, em 1998, já com 60 anos, não exitou em se mudar para o pequeno distrito a 100km de Belo Horizonte.
Samba mineiro
Reconhecida como uma das vozes do samba de Minas Gerais, Dona Jandira se mostrava acolhida pela receptividade mineira. “Eu costumo falar que isso é coisa de Deus. As instituições que têm responsabilidade sobre cultura, sobre música, sobre quem canta, enaltecem a situação e eu fico superfeliz, não tenho palavras para agradecer”, disse.
Com mais de 20 anos de carreira, realizou mais de 400 shows. Entre os trabalhos autorais da cantora estão “Dona Jandira” (2008), seu primeiro álbum de estúdio; e “Dona Jandira: Ao vivo” (2012), DVD com participações de Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul, Sergio Moreira e Marco Lobo.
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