Imagem obtida na UFMG é uma das melhores fotos científicas de 2018
Vírus tupanvirus foi descoberto por pesquisadores da universidade
A imagem do maior e mais complexo
vírus, o tupanvirus, identificado por pesquisadores da UFMG, está na lista das melhores fotografias científicas de 2018, feita pela revista Nature.
A imagem selecionada foi capturada
no Centro de Microscopia da UFMG pela técnica de microscopia eletrônica de
varredura. A amostra foi preparada pela pesquisadora Thalita Arantes e obtida
pelo microscopista Breno Barbosa Moreira, servidor do quadro permanente da
UFMG.
Segundo o professor Jônatas
Abrahão, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas
da UFMG (ICB) e coordenador do grupo responsável pela pesquisa, todos os
revisores do artigo ficaram impressionados com a qualidade das imagens obtidas
na UFMG e com a beleza do vírus.
“Para nós foi uma grata surpresa. É uma conquista não só da UFMG, mas do Brasil, por ser vírus isolado e descoberto aqui, e que hoje está entre os mais importantes descritos no mundo”, comentou o professor, ao destacar a importância do Centro de Microscopia: “A base de toda a nossa pesquisa é feita lá. Um centro multiusuário de excelência, de baixo custo, e que oferece uma fantástica qualidade das imagens.
Tupanvirus
Ao lembrar que a seleção da Nature considera não somente a estética e a
qualidade da imagem, mas também a relevância da descoberta, Jônatas Abrahão
explica que o tupanvirus é um dos mais importantes vírus descritos no mundo. “É
um vírus completamente diferente, com um arsenal de genes nunca vistos antes –
ele é extremamente autônomo, com um genoma gigante, sem dúvida nenhuma é o
maior já descrito e o mais complexo”, descreve.
Encontrado nas amebas, o tupanvirus possui tanto a cauda mais longa quanto o
maior conjunto de genes envolvidos na produção de proteínas de qualquer vírus
conhecido. De acordo com o pesquisador, ele suscita questões a respeito da
origem da vida e da origem dos vírus de maneira geral.
Com UFMG