Inhotim recebe obras das artistas Pipilotti Rist, Rebeca Carapiá e Rivane Neuenschwander

Novas exposições serão abertas a partir de 19 de outubro e integram acervo do museu até 2026

Créditos da imagem: Atlier Rist
A obra Homo sapiens sapiens, de Pipilotti Rist, foi filmada nos jardins do Inhotim em 2005 e apresentada originalmente na Bienal de Veneza no mesmo ano
Pedro Grossi
08/10 às 16:01
Atualizado em 08/10 às 16:01

A partir do dia 19 de outubro (sábado), o Instituto Inhotim recebe três novas exposições. São trabalhos dos artistas Pipilotti Rist, com a instalação imersiva 'Homo sapiens sapiens' (2005), a obra comissionada 'Apenas depois da chuva' (2024), de Rebeca Carapiá, e a individual Tangolomango (2024), de Rivane Neuenschwander. Cada uma das mostras oferece uma visão única sobre as relações entre arte, natureza, corpo e política. O Instituto Inhotim (rua B, 20 - Brumadinho) funciona de quarta a sexta, das 9h30 às 16h30, e sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. A entrada custa R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50. 

Sobre as artistas

Pipilotti Rist (Grabs, Suíça, 1962) é uma artista suíça reconhecida internacionalmente por suas videoinstalações imersivas e experimentais. Atuante desde a década de 1980, Rist é uma referência para as discussões sobre gênero e feminismo. Seu trabalho muitas vezes transforma a arquitetura e o ambiente de galerias, comumente associados a um “cubo branco”, em experiências sensoriais: táteis, visuais e auditivas. Suas instalações e conceitos expositivos são expansivos, encontrando na mente, nos sentidos e no corpo a possibilidade de infinitas descobertas e invenções poéticas. Homo sapiens  sapiens  (2005),  filmada  nos jardins do Inhotim, foi apresentada pela primeira vez na Bienal de Veneza de 2005, quando Rist foi representante oficial da Suíça.

Rebeca Carapiá (Salvador, BA, 1988)   é   artista   e   pesquisadora interessada pelas relações produzidas entre a linguagem, o encontro, o conflito, a geografia e suas narrativas. Em sua prática, cria e organiza um conjunto de reflexões em diferentes plataformas de exibição, formação e experimentação artística. Por meio de esculturas, cobre sobre tela, desenhos, instalações, gravuras, textos e objetos, sua pesquisa busca criar uma cosmologia em torno das materialidades e da pesquisa, além de ampliar um debate geopolítico que envolve memória, racismo ambiental, economias da precariedade, tecnologias ancestrais, dissidências sexuais e de gênero e as relações de poder entre o discurso e a palavra.

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Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte,   MG,   1967),   desde   os anos 1990, elege como material de sua produção elementos das trocas sociais, das lembranças ou do consumo. Em suas instalações, Neuenschwander traduz o caráter intercomunicante dos sistemas vivos. Em desenhos, pinturas, tapeçarias e vídeos, a artista opera o cruzamento de seu repertório plástico com a ciência, a história e a psicanálise, a linguística e a literatura, de modo a articular assuntos prementes da política contemporânea. Acoplando a ação e a presença de corpos humanos e inumanos que participam da elaboração formal a substratos conceituais, a obra de Rivane inclui os grupos que levaram à forma que os trabalhos adquirem. O outro é sempre pressuposto na estrutura e na execução dos trabalhos, e o cuidado com a forma implica sempre o cuidado com o público.

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