Laysa Peixoto afirma que apenas participou de cursos e pesquisas ligadas à agência; jovem virou alvo de críticas após alegar vaga em missão espacial
A mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, tentou conter os danos após a Nasa negar qualquer vínculo oficial com ela. A jovem virou alvo de questionamentos nas redes sociais depois de afirmar que foi “selecionada para se tornar astronauta de carreira” e que participaria de um voo espacial em 2029. Segundo a agência espacial norte-americana, Laysa nunca foi treinada nem está em formação como astronauta.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, Laysa alegou que suas falas foram distorcidas e que nunca afirmou ter sido escolhida pela Nasa para uma missão espacial. “Jamais disse que a Nasa me selecionou para ser astronauta ou que farei um voo ao espaço em 2029”, declarou. “Tudo começou com uma nota falsa e, a partir daí, começaram os ataques.”
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Apesar de ter dito nas redes sociais que é “oficialmente astronauta da turma de 2025” e que voaria pela empresa Titans Space, Laysa não aparece na lista de astronautas divulgada pela própria companhia. A Titans, que oferece viagens para turistas espaciais por valores acima de US$ 1 milhão, confirmou que a brasileira foi “selecionada”, mas não comprovou o vínculo técnico com a equipe oficial.
A Nasa, por sua vez, foi taxativa: Laysa não possui os requisitos mínimos para integrar a formação de astronautas. Segundo a agência, o processo exige título de mestre em áreas específicas, experiência profissional comprovada e ao menos mil horas de voo como piloto.
Além disso, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desmentiu a conclusão de curso por parte de Laysa. Em resposta, a jovem afirmou que deixou a universidade no segundo semestre de 2023 após receber uma bolsa no Manhattan College, nos Estados Unidos. “Esses pontos serão esclarecidos. Saí da UFMG para estudar fora”, declarou.