Espaço recebeu outro monumento e mudou de identidade ao longo do tempo
Praça Sete mudou de nome, perdeu seu obelisco e ganhou outro monumento antes de reaver o símbolo que hoje marca encontros no coração da capital mineira
A Praça Sete de Setembro, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, é um dos pontos mais conhecidos de BH. O obelisco instalado ali, conhecido popularmente como “pirulito”, é referência para quem circula pelo centro. Mas nem sempre a praça teve esse nome, nem o monumento esteve fixo em seu espaço atual.
Originalmente chamada Praça 14 de Outubro, o local recebeu a nova denominação em 1922, durante as comemorações do centenário da Independência do Brasil.
O obelisco só chegou dois anos depois, vindo de uma pedreira em Betim e transportado por linha férrea até a capital mineira.
O crescimento populacional e o aumento de veículos na década de 1960 levaram a prefeitura a retirar o monumento do centro.
Em 1962, o então prefeito Amintas de Barros decidiu deslocá-lo para um lote ao lado do Museu Abílio Barreto, no bairro Cidade Jardim.
No ano seguinte, a peça foi reinstalada na Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi.
Enquanto isso, a Praça Sete recebeu o Monumento aos Fundadores e Construtores, com esculturas de Aarão Reis, Augusto de Lima, Afonso Pena e Chrispim Jacques Bias Fortes.
A população nunca adotou totalmente a troca de símbolos. O Monumento aos Fundadores foi retirado em 1970 e transferido para o Parque Municipal. Já o “pirulito” permaneceu na Savassi até 1980, quando foi devolvido à Praça Sete durante a gestão de Maurício Campos.
A reinauguração coincidiu com o fechamento de quarteirões na região central, o que eliminou a justificativa de que o obelisco atrapalhava o fluxo de veículos.
Em 1977, ainda em sua temporada na Savassi, o monumento foi tombado como patrimônio de Minas Gerais pelo Iepha-MG. Hoje, o “pirulito” segue como ponto de encontro e marco histórico no coração de BH.