Prevenção é a melhor medida contra o AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças mais letais no Brasil, e uma das mais incapacitantes. Estima-se que, no mundo, a cada seis minutos, uma pessoa seja acometida por um AVC. O dia 29 de outubro é a data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Federação Mundial de Neurologia para alertar sobre a doença.

Estatísticas brasileiras indicam que o AVC é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas. Apesar de atingir principalmente os idosos, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 4,5 mil mortes por AVC ocorreram em pessoas com menos de 45 anos.

Sabe-se que o AVC, ou derrame cerebral, como é popularmente conhecido, pode ter várias causas: hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol alto, obesidade e o uso de anticoncepcionais.

A neurologista da Unimed-BH Rosamaria Peixoto Guimarães explica que é possível prevenir a doença evitando fatores de risco. Mas o rompimento/obstrução do vaso sanguíneo no cérebro também pode ser ocasionado por doenças de coagulação, más formações arteriovenosas ou problemas genéticos.  

Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico precoce é imprescindível para amenizar possíveis sequelas. “A pessoa pode ter um AVC sem nenhum sintoma, ou ter sinais semelhantes aos de outras doenças, como vertigem, sensação que ela não consegue identificar”, explica Rosamaria.

A especialista reforça que é preciso ter atenção para fraqueza em um lado do corpo, como braço e/ou perna. Ou então, assimetria do rosto (paralisia facial), alteração da fala ou visual, e ficar sem conseguir pronunciar nenhuma palavra. “O mais importante é que, quando mais rápido a pessoa for atendida, melhor”, conclui.