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Projeto contra enchentes na Vilarinho prevê dois túneis; orçamento deve ser de R$ 300 milhões

Intervenções têm previsão de início para o segundo semestre de 2019



Créditos da imagem: Arquivo/PBH
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Redação Sou BH
20/12/18 às 11:26
Atualizado em 18/08/20 às 18:45

Por Júlia Alves

Após as recentes chuvas que causaram estragos e mortes na capital, a Prefeitura de BH anunciou, nesta quarta-feira (19), a construção de dois túneis na avenida Vilarinho para o escoamento das águas da chuva, na região de Venda Nova. As intervenções, que fazem parte do projeto de prevenção contra as constantes enchentes na área, devem começar em junho de 2019 e têm o orçamento de R$ 300 milhões.

O projeto foi apresentado pela empresa de engenharia Engesolo, e prevê a construção de dois túneis sob a avenida Vilarinho que servirão para o escoamento de água da chuva numa bacia de contenção na área da Praça do Habib’s. De lá, serão criados corredores para o Córrego do Floresta e o Ribeirão do Isidoro. Alguns trechos ainda terão áreas e ‘engolimento’, com grades que levam a água da chuva da superfície direto para as galerias subterrâneas.

Previsões e o orçamento

Segundo o prefeito Alexandre Kalil, a expectativa é de que, com o início das obras, as enchentes e estragos na região deverão diminuir.

“A partir do início das obras já se ameniza o problema do Vilarinho. Foi o que conversamos com os técnicos. E ela não vai parar, ela terá início e fim, como toda obra dessa prefeitura desde 2017. Agora, não é uma obra pequena, são quase dois quilômetros de túneis. Então, a nossa expectativa é de que tudo fique pronto em um ano e meio”, afirma o líder do executivo municipal.

Com o começo das obras previsto para junho do próximo ano – fora do período chuvoso –, a expectativa da PBH é terminar as intervenções ainda em 2020. Em relação aos custos, o prefeito afirma que é possível o valor final ser menor, já que os custos exatos dependem da empresa vencedora da licitação – que será publicada em março de 2019 –, e que ficará responsável pela execução do projeto. Mas, a intenção é contar com empréstimos de bancos estrangeiros, que deverão ser aprovados pela Câmara Municipal, além de verbas provenientes do orçamento do Município.

Ainda segundo Kalil, as obras não vão interferir na superfície, sendo majoritariamente executadas dentro das galerias, com algumas exceções. Por isso, não estão previstas desapropriações nas áreas no entorno.

Sobre a eficácia das intervenções e a garantia de contenção das enchentes periódicas no local, o prefeito é categórico. “Nenhum tipo de intervenção evitaria o que aconteceu. Aquela foi uma chuva que os hidrólogos afirmam que cai a cada 160 anos. Estamos fazendo um projeto hidrológico para uma chuva que cai de 100 em 100 anos. Eu, pessoalmente, acho que se não resolver definitivamente, o Vilarinho pelo menos não vai ser notícia mais, porque vai só molhar o sapato”.

Outras ações

Além do projeto apresentado, a PBH também firmou contrato de financiamento no valor de R$ 10 milhões com Caixa Econômica Federal. Sendo R$ 9,5 milhões de recursos federais e R$ 500 mil de contrapartida do município. 

O contrato foi assinado na terça-feira (18), e os recursos deverão ser utilizados para elaboração de estudos e projetos de saneamento ambiental integrados para redução de riscos de inundação nas seguintes regiões: Córrego Cercadinho (região Oeste), Córrego Barreiro (região do Barreiro), Córrego Leitão (bairros Santo Antônio, Cidade Jardim e Lourdes, na região Centro-Sul), Córrego dos Pintos (avenida Francisco Sá, na região Oeste), Conjunto Lagoa (bairro Santa Terezinha, na região da Pampulha) e rua Antônio Henrique Alves (no bairro Caiçara, na região Noroeste).