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Queijo Minas Artesanal pode virar Patrimônio Cultural da Humanidade

Decisão da Unesco pode acontecer nesta quarta-feira, 4, quando candidatura de Minas será analisada


Créditos da imagem: Seapa-MG/Divulgação
Queijo Minas Dez regiões do Estado foram identificadas como produtoras do queijo artesanal

Pedro Grossi

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02/12/24 às 13:29
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O Queijo Minas Artesanal pode receber nesta semana o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido pela Unesco. A candidatura leva em conta as práticas de fabricação e características do processo produtivo do queijo, sua história, economia, solo, paisagem e o clima da região. O processo envolveu a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Emater e Epamig no esforço de valorizar e reconhecer a visibilidade que os queijos artesanais mineiros vêm conquistando pelo mundo. O reconhecimento pode vir durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que acontece no próximo dia 4, quarta-feira, em Assunção, no Paraguai. Seria um título inédito para o país na área da cultura alimentar.

Queijo Minas Artesanal

O Queijo Minas Artesanal é feito de leite de vaca cru, ou seja, sem pasteurização e segue processos tradicionais de produção, em pequenas propriedades. O leite tem de ser produzido, exclusivamente, na propriedade de origem do queijo. São utilizados, ainda, o pingo (fermento natural), coalho e salga a seco, além de passar por processo de maturação, adquirindo casca lisa e amarelada.

As dez regiões caracterizadas em Minas como produtoras da iguaria são Diamantina, Serras de Ibitipoca, Entre Serras de Piedade ao Caraça, Triângulo, Cerrado, Serra do Salitre, Araxá, Canastra, Campo das Vertentes e Serro. Mais de 3,1 mil agroindústrias produzem o Queijo Minas Artesanal em Minas.

Reconhecimento nacional

Em 2002, o “Modo de Fazer o Queijo Artesanal da região do Serro” foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), sendo o primeiro bem cultural registrado pelo Estado como patrimônio imaterial. Em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu reconhecimento nacional com abrangência para as regiões do Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre.

Com a revalidação do registro pelo órgão federal em 2021, o bem cultural teve seu título atualizado para “Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal”, ampliando sua abrangência para outras regiões produtoras reconhecidas pelo Estado.

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