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Representatividade e empoderamento feminino tomaram conta do Sou BH Talks

Pati Lisboa bateu um papo com Aline Silva, Natália Oliveira, Malu Tamietti e Isabella Ribeiro sobre feminismo



Créditos da imagem: Arquivo Pessoal + Rodrigo Ribas + Fotometrar
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Redação
18/08/20 às 12:58
Atualizado em 18/08/20 às 12:58

Igualdade, liberdade e representatividade são palavras cheias de significados. Mas, quando o assunto é empoderamento feminino, as expressões podem ganhar um sentido muito mais profundo. Essas definições foram exploradas pelo Sou BH Talks da última terça-feira (11), em que a apresentadora Pati Lisboa conversou com Natália Oliveira, microinfluenciadora e produtora de conteúdo; Aline Silva, feminista e cyberativista; Malu Tamietti, produtora audiovisual, mãe e estudante de cinema, e Isabella Ribeiro, empreendedora e publicitária.

Em um debate aberto e focado nas várias facetas do movimento feminista, as convidadas destacaram a importância do pluralismo e do protagonismo da mulher. O empoderamento é sobre liderança, é sobre fortalecer as mulheres e propor a equidade de gênero. E, nesta discussão, as participantes observaram que o empoderamento feminino é se desprender desse papel de subserviência que a sociedade insiste em impor às mulheres, é tomar o poder para si.

Superando obstáculos

Mas, para conseguir esse empoderamento, a mulher precisa superar obstáculos. Isabella Ribeiro acredita que a cultura machista é um desses empecilhos. “Eu acho que é tão difícil mudar pequenos hábitos em nossa rotina, quem dirá mudar paradigmas, estereótipos, o histórico de desigualdade de gênero no mundo inteiro. A cultura machista, infelizmente, ainda prevalece em muitos âmbitos da nossa vida”, destaca.

Para Malu Tamietti, a dificuldade em se desvencilhar desses paradigmas e alcançar um maior crescimento do movimento pode ser justificada pelo pouco diálogo. “Falta comunicação no próprio movimento [feminista], que ainda tem muitas questões que se divergem tanto e que acabam enfraquecendo algo que já deveria estar em outro lugar”.

Com movimentos divididos, entender cada parte da equação é essencial. “É importante que a gente consiga mudar primeiro o nosso círculo, o nosso meio. Porque ainda estamos caminhando muito pouco, existem questões importantes que ainda não estão sendo debatidas”, comenta Natália Oliveira. 

Para Natália, é preciso um diálogo que contemple todas as mulheres, sejam elas negras, LGBTQ, de diferentes classes sociais, e muitas outras especificidades que devem ser levadas em conta no movimento.

Um ponto importante para Aline Silva é a representatividade política. “Continuo vendo poucas mulheres em cargos políticos e isso acaba retardando as mudanças que poderiam ser benéficas”, afirma. 

As convidadas finalizaram falando da importância da pesquisa sobre o empoderamento feminino e o movimento feminista, ler obras e consumir produtos produzidos por mulheres, além de abrir espaço para todas as pluralidades da luta. Esperançosas, elas acreditam que o progresso já está em andamento. Porém, o caminho ainda é longo e é preciso que as mudanças continuem para que a sociedade se torne mais igualitária.

Sou BH Talks

Desenvolvido para gerar conteúdo de qualidade, a Claro apresenta o Sou BH Talks, uma opção leve e inteligente para que o público interaja e se informe. Temas diversos, são abordados: desde empreendedorismo a cinema, além de pocket shows com artistas importantes do cenário nacional e local. Após o grande sucesso das primeiras temporadas, a equipe do Sou BH repete o formato do projeto, no mês de agosto, com mais assuntos e lives inteligentes no mundo virtual. Siga as redes sociais do portal e fique por dentro de toda a programação.