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Setor de eventos faz manifestação e pede fim da exigência de testes de Covid-19 em BH

Segundo o Fórum Entidades de Eventos, exigência do teste inviabiliza a realização das atividades do setor



Créditos da imagem: Ton Nettos
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Manifestação aconteceu em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte
Redação Sou BH
07/02/22 às 08:41
Atualizado em 07/02/22 às 12:24

Na manhã desta segunda-feira (7), entidades que representam profissionais de eventos da capital mineira, fizeram uma manifestação em frente à Prefeitura de Belo Horizonte para pedir ao prefeito Alexandre Kalil que se exija apenas o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para as atividades de casas de shows e espetáculos, casas de festas, discotecas, danceterias, salões de dança, circos, jogos de futebol, shows musicais, entre outras.


Atualmente, para frequentar eventos na capital mineira com público acima de 500 pessoas, além do comprovante de vacinação, é preciso apresentar o teste negativo de Covid-19. "Com muitos negócios fechados e diante de novos cancelamentos de diversas atividades, o setor vive sem perspectivas e reivindica também o apoio concreto dos poderes municipal e estadual, tendo em vista que, desde o início da pandemia não recebeu nenhum incentivo", traz um trecho do documento enviado para a imprensa.

Segundo Karla Delfim, representante do Fórum Entidades de Eventos e vice-presidente do Sindiprom-MG, a exigência do teste de Covid para eventos inviabiliza a realização das atividades do setor. "Para as entidades, a solução ideal é a exigência dos comprovantes de vacinação. Cobrar testes do público aumenta, significativamente, o custo para a população e, por consequência, reduz drasticamente as possibilidades de sucesso das atividades, desestimula a atração de negócios para a cidade e afasta ainda mais as pessoas do convívio saudável e seguro com a comunidade", afirma.

Karla Delfim destaca também dois entraves para o cumprimento da medida que considera intransigente e infundada da PBH: "Um deles é a dificuldade em encontrar exames de COVID-19 disponíveis no mercado, pois, com a alta demanda em janeiro, os principais laboratórios da cidade já emitiram o alerta sobre a falta de testes rápidos na capital. Além disso, a exigência do exame também abre outro precedente que deve ser avaliado de forma minuciosa pelos órgãos competentes que é o aumento da falsificação de testes."

Balanço aponta fechamento de quase 50% das empresas de evento

Conforme o balanço da entidade, o setor de eventos que impacta mais de 70 segmentos e gera mais de 2 milhões de vagas de empregos em Minas Gerais, já agonizou o fechamento de quase 50% das empresas do setor. Com a iminência de um novo fechamento, cerca de 25% das empresas que sobreviveram em 2020 e 2021 devem ir à falência agora em 2022.

Para amenizar as perdas, Karla Delfim destaca que o apoio do governo municipal com a isenção de ISS e de IPTU para as casas fechadas é fundamental para evitar que novos negócios sejam fechados e aumente o desemprego. "As contas não pararam de chegar, até mesmo o IPTU de um imóvel fechado e sem faturamento tivemos que pagar e com reajuste. É preciso ter sensibilidade e respeito com o setor, que sozinho está pagando toda a conta".

Entidades que vão participar do ato

  • ABEFORM - Associação Brasileira de Empresas de Formaturas e Afins
  • ABEOC - Associação Brasileira de Empresas de Eventos
  • ABIH-MG – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
  • ABRAPE-MG – Associação Brasileira dos Promotores de Eventos / Regional MG
  • AMEE – Associação Mineira de Eventos e Entretenimento
  • Ampro Live Marketing- Associação de Marketing Promocional
  • BHC&VB – Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau
  • FMRG - Federação de Rodeio de Minas Gerais
  • Sindbufê MG – Sindicato Intermunicipal das Empresas de Buffet de Minas Gerais
  • Sindiprom MG - Sindicato da Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras Congressos e Eventos de MG
  • UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras e Eventos de Negócios