Pati Lisboa conversou com Fernanda Climaco, Roberta Campana e Martinho Campolina a respeito da realidade do EAD durante a pandemia
Os
efeitos da pandemia do novo coronavírus não ficam restritos às pessoas
infectadas. Na educação, 1,5 bilhão de estudantes chegaram a ficar com aulas
suspensas ou reconfiguradas ao redor do mundo. O contingente representa mais de
90% de todos os estudantes do planeta – segundo dados organizados pela Unesco,
órgão da ONU ligado à educação e cultura.
Para
o ensino superior, e mesmo algumas outras modalidades de ensino, a recomendação
vem sendo para não cancelar as atividades, e sim para fazer com que professores
e alunos trabalhem juntos e de forma remota pela internet, por meio de
ambientes virtuais de aprendizagem.
Para
falar sobre a realidade do ensino à distância em Minas em tempos de crise, Pati
Lisboa recebeu Roberta Campana, Diretora de Educação e Inovação da Fundação Dom
Cabral, Fernanda Climaco, professora, mestre em Educação e pesquisadora da
infância, e Martinho Horta, Diretor do ICBS (PUC Minas).
Fernanda
Climaco iniciou o bate-papo contando sobre a aceleração do uso de tecnologias
na educação infantil, vista como um desafio necessário. “O cenário que a gente
tinha antes da pandemia era da educação que a gente já está acostumada, especialmente
na educação infantil e nas séries iniciais principalmente, o ensino era
presencial. A gente já estava começando a experimentar a utilização de algumas
tecnologias, de algumas metodologias ativas, mas nada ainda muito consistente.
Então, com certeza a pandemia acelerou esse processo, hoje eu atendo algumas
escolas, algumas instituições da Rede Pública, muitas creches e também rede
privada, e o que a gente percebe é uma aceleração rumo à utilização das
tecnologias digitais na educação infantil, que é um grande desafio pra gente,
né”, comenta.
Para
o diretor do ICBS, Martinho Horta, apesar do momento triste e delicado em que
vivemos, para a educação ainda é um momento de oportunidades. “O que eu tenho
visto acontecer na educação é um desafio e uma grande oportunidade. Eu vejo com
muito entusiasmo o ensino digital, e quando eu falo ensino digital eu estou
englobando todas as tecnologias de informação e comunicação que envolvem o
ensino digital, eu vejo como uma ferramenta, como mais uma ferramenta que nós
podemos utilizar no processo de ensino aprendizagem. O ensino digital é uma
ferramenta quer pode proporcionar por exemplo personalização do ensino, que é
algo bem interessante, e me permite colaboração, essa geração é uma geração que
trabalha com colaboração, então acho que é uma oportunidade também. Agora, ele
não é uma solução mágica. O processo de ensino aprendizagem tem que evoluir e
os professores tem que ser valorizados e capacitados, mas é mais uma ferramenta
que pode ser muito bem utilizada”, afirma.
Roberta
Campana ainda diz compartilhar do pensamento de Martinho. “Apesar de todos os
pesares, para a educação esse movimento é positivo. Se a gente olhar para todas
as indústrias, a indústria da educação é a que menos passou por inovações. Então
o tradicional, dos alunos sentados na carteira assistindo o professor, o
professor como dono do saber ne, isso ainda é muito presente e acho que
realmente o tema a se discutir é educação e aprendizagem. Tendo o on-line como
algo que pode potencializar e alavancar, mas ele não será o meio único, ele está
sendo hoje por que é o que nós temos para o momento, mas certamente ele vai
continuar presente”, disse.
Confira
o programa completo!
Sou BH
Talks
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leve e inteligente para que o público interaja e se informe. Temas diversos,
são abordados: desde empreendedorismo a cinema, além de pocket shows com
artistas importantes do cenário nacional e local. Após o grande sucesso das primeiras
temporadas, a equipe do Sou BH repete o formato do projeto, no mês de agosto,
com mais assuntos e lives inteligentes no mundo virtual. Siga as redes sociais
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