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De olho na segurança, mercado busca alternativas para substituir álcool em gel

2020 bate recorde de acidentes. Crianças são as principais vítimas


Créditos da imagem: Kasarp Studio/shutterstock

Redação

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27/07/20 às 18:00
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Somente de janeiro a abril deste ano já foram registrados
pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica – CIATox  108 casos de intoxicação por álcool em gel no
Brasil. Isso representa um aumento de 535% com relação a 2019, quando foram
contabilizados apenas 17 casos. Do total de acidentes registrados este ano, 88
ocorreram com crianças, principalmente no ambiente doméstico. 

Diante desses números, a ANVISA divulgou a Nota Técnica –
NT, 12/2020 na qual incentiva a prática de condutas preventivas de acidentes,
principalmente para o público infantil. Entre as orientações estão a não
utilização do produto em forma de aerosol nas crianças e o cuidado com o
armazenamento, que só deve ser realizado em embalagens próprias da substância. 

“O contato das crianças com o álcool em gel precisa sempre
ser supervisionado, principalmente em crianças menores de 5 anos. Isso porque
há risco de intoxicação por ingestão ou por inalação acidental. O contato do
produto com a pele das crianças também é muito perigoso, já que pode causar
irritações, tais como ressecamentos e descamação. No caso de contato com a
mucosa dos olhos, pode causar trauma químico podendo levar, em casos mais
graves, à cegueira”, explica a médica Luciana Verdolin.

“O Brasil é o único país do mundo que registra acidentes
causados pelo uso do álcool. Isso porque é cultural utilizar a substância para
absolutamente tudo, desde a higienização da pele às superfícies. Já é hora de
haver uma conscientização quanto ao uso do produto. Substituí-lo por outra
substância sanitizante seria o ideal e frearia o número de acidentes. Só neste
ano, já registramos mais de 400 casos de grandes queimaduras”, explica o
presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras – SBQ, Dr. José Adorno.

Como o álcool em gel leva mais tempo para evaporar da pele,
é preciso ter cautela ao se aproximar do fogo, pois como as chamas são
transparentes, o perigo é ainda maior. 
“Cerca de 70% dos acidentes acontecem em casa. Deles, 40% acometem as
crianças”, comenta o presidente. 

No caso de crianças, que possuem a pele mais fina e
delicada, podem ocorrer queimaduras mais profundas e dolorosas, que chegam a
atingir o 2º. grau superficial até as camadas mais profundas da pele, chegando,
em casos mais raros, à queimadura de 3º. grau. 

O mercado tem buscado alternativas seguras e que sejam
determinantes para a diminuição dos acidentes. Foi nesse sentido que a TCI
Laboratório Biotecnológico desenvolveu o Extraya. A loção é antisséptica e
hidratante e possui em sua fórmula ativos naturais e biotecnológicos. Ela foi
testada e aprovada por laboratórios credenciados pela ANVISA. e, por não conter
álcool em sua fórmula, não é inflamável. 

“O Extraya possui risco zero de queimaduras e intoxicações
em crianças e idosos. A loção é recomendada para toda a família. O produto
possui dupla função: é antisséptico e hidratante, promovendo proteção e
hidratação profunda da pele das mãos e da face por até 3 horas. Diferentemente
do álcool em gel, que protege por poucos minutos, resseca a pele e ainda
apresenta alto risco de acidentes, como alerta a ANVISA”, afirma o pesquisador
e desenvolvedor do produto, Marcos Guedes.