A feliz junção de ambiente informal, música ao vivo e boa cozinha tem tudo para fazer do bar um endereço cultuado em Belo Horizonte
Quer dar uma relaxada e curtir uma boa música ao vivo? A Fátima Botequim Musical fica em um imóvel tombado na cobiçada esquina da rua Ceará com as avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas, na Savassi. O lugar, que já abrigou o velho boteco da Dalva, é hoje um endereço ajeitado, onde gente da cidade e forasteiros se reúnem para beber e conversar.
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O som privilegia o samba e à noite, intensifica-se a atmosfera festiva com a presença de turmas de prosa sonora, que ecoa na praça colorida com grafites em homenagens a grandes cantores e cantoras, como Cartola, Nina Simone e Louis Armstrong.
O atendimento é uma gentileza só. Nas mesas espalhadas pela praça, o pessoal descolado compartilha garrafas de cerveja (Bohemia R$ 10,90, Amstel R$ 13,90 e Original, R$ 13,90). Caipirinhas (R$ 15), Negronis (R$ 22) e Moscow Mules (R$ 25) também são escalados. Pela falta de um drink com uísque na carta, a casa criou um feito de limão siciliano e o batizou de Sou BH (R$ 34,90). Maravilhoso. E não é somente pela homenagem, mas o coquetel é equilibrado em todos os elementos.
Da cozinha comandada pelo chef Victor Hugo Mello Zuliani, com passagem pelo Nicolau, do Léo Paixão, saem clássicos da culinária botequeira, mas com pegadas sofisticadas. É o caso do peixe e mandioca (R$ 43). Ao invés do empanar da forma tradicional, o chef adota o tempurá, método muito difundido na gastronomia de rua do Japão. O resultado é um pescado leve e crocante. Além da mandioca, outras raízes também vão no prato, como a batata-doce.
Não se atreva a sair da Fátima sem experimentar o bolovinho (R$ 34 – com 5 unidades). Esse bolo de carne é recheado de ovo de codorna marinado no shoyu e na cachaça antes de ir ao óleo quente para dourar. Chega à mesa com uma casquinha dourada e crocante. O petisco é uma releitura do bolovo, que utiliza ovo de galinha. O toque especial está na marinada que o chef prepara com temperos asiáticos.
Outro petisco com inspiração proveniente da Ásia é o meio da asa frita (R$ 34 – com 6 unidades), uma versão da casa para o tradicional buffalo wings. Na Fátima, o tira-gosto é preparado com molho de marmelada picante e amendoim. Uma pornografia gastronômica em cada mordida.
Clássico da cozinha de boteco de Belo Horizonte, o fígado com jiló (R$ 25) leva o tempero da casa e é servido dentro de uma nostálgica panelinha de alumínio, assim como é feito no irmão mais velho Bolota’s. Outra boa pedida é a porção de pastel (R$ 28 – com 6 unidades). Os sabores são copa lombo com bacon, queijo Minas com doce de figo e alho poró com catupiry.
Fique de olho na estufa fria (R$ 8 – 100g), abastecida com acepipes como batata bolinha em conserva, caponata de jiló, rosbife de lagarto com alho poró, salada de bacalhau, abobrinha grelhada, copa lombo defumado e picles de legumes.
Experimente também o excelente burguer Fátima (R$ 26), que leva carne bovina, bacon, requeijão de raspa, picles de cebola e a imperdível maionese de alho assado. Outra pedida “imperdível” é a língua na cerveja preta (R$ 27), que é escoltada por pão e vinagrete.
De sobremesa, peça o pudim, que é preparado com caramelo de quentão, ou o mousse de chocolate com café mineiro. Ambos são vendidos a R$ 17.
Serviço
Fátima Botequim Musical
Segunda a sexta, das 17h à 0h.
Sábado, das 12h à 0h.
Domingo, das 12 às 19h30.
Rua Ceará, 1548 – Savassi