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Aqui Pertin: 4 motivos para colocar Mariana em seu roteiro por Minas

A cidade de Mariana oferece um mergulho na história, contato com natureza e uma gastronima impecável com um custo acessível, saiba mais


Créditos da imagem: Yaya Souza

Mayara Souza

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03/03/22 às 17:23
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Todo mundo fala sobre Ouro Preto e Mariana, mas nem todo mundo reserva um tempo para conhecer de verdade as belezas de Mariana. A gente, que não é bobo nem nada, aproveitou a folga de carnaval para explorar a primeira capital de Minas Gerais e trazer quatros motivos que vão te convencer a colocar a cidade na sua listinha de desejos. 

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1 – História em todos os cantos

Visitar o centro histórico de Mariana é ser transportado para o início da nossa história, afinal, não é todo dia que você conhece a primeira capital, primeira vila, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais, né?

A cidade com mais de 270 anos, fica a 110 km de BH e a 12 km de Ouro Preto e tem aproximadamente 60 mil habitantes. Por todos os lados de Mariana você enxerga as lembranças do ciclo do ouro e, claro, muitas igrejas maravilhosas, como as igrejas centenárias da Praça Minas Gerais, São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo, a Catedral da Sé, de 1709, a imponente Igreja de São Pedro, que do alto da cidade abençoa todo centro histórico, e a Capelinha de Santana. 

Apesar de algumas estarem fechadas há anos para obras de restauração, reserve um tempo para apreciar a beleza da parte exterior, os detalhes da fachada e para se encantar. Todas são paradas obrigatórias para quem quer conhecer Mariana de verdade!

2 – Ótimo custo x benefício

Apesar da grande fama, Mariana ainda tem muito potencial turístico não explorado e isso faz com que a cidade seja um ótimo destino para quem não quer gastar além da conta. A maioria das atividades são gratuitas e as pousadas têm um ótimo custo x benefício. 

Ficamos na Pousada do Chafariz, uma hospedagem completa e que proporciona tudo que você precisa para uma boa estadia por um preço justo. Além de estar a apenas 300m do centro histórico (o que facilitou demais nossos passeios pelas igrejas), eles dispõem de café da manhã super farto, quartos confortáveis com tv e frigobar, sauna, salão de jogos e até piscina ao ar livre – que foi perfeita para o calor que pegamos em Mariana, viu? 

dica #aquipertin: as diárias custam a partir de R$260,00 para duas pessoas e eles fazem muitas promoções no Instagram e a estadia pode sair ainda mais barata.  

3 – Gastronomia de qualidade 

Um dos pontos que mais nos impressionou em Mariana foi o investimento em gastronomia. Conhecemos dois restaurantes localizados na praça principal da cidade, recém inaugurados e que trazem pratos da alta gastronomia para a cidade: o Nosso e o Giardino. 

O Nosso mistura gastronomia com arte. Na parede, quadros do artista Hélio Petrus e a vista para a praça através das janelas do antigo casarão trazem um charme especial para a área interna do restaurante. Já na parte externa, nos fundos, o ambiente é descoberto, com lareira para os dias frios e vista para os fundos da Igreja São Francisco de Assis. 

No cardápio, pratos tradicionais da culinária italiana como massas, pizzas e diversas entradinhas. Nossas escolhas foram a Barcarol de Filleto Dijon (R$29,00) para a entrada, o Nosso Filé – risoto trifolati com tornedor de filé (R$69,00) – e o autoral ravioli de fubá recheado com frango e quiabo (R$58,00) para os pratos principais e creme de caramelo brulée (R$22,00) e tiramisu italiano (R$24,00) fechando com chave de ouro nas sobremesas. Uma experiência gastronômica muito boa!

Atravessando a rua, outro destaque para os amantes da culinária é o restaurante Giardino, que é mesmo uma extensão do jardim da praça Gomes Freire em um casarão do século XVIII. O Giardino tem ambientes para os que buscam algo mais informal, com mesas na parte externa, praticamente dentro da Praça, e um ambiente interno climatizado e mais sofisticado. 

Para a entrada, optamos por um toque de mineiridade com os dadinhos de canjiquinha (R$22,00 com 6 unidades). Já para os principais, pratos que sempre são nossas opções na vida: parmegiana de filé (R$59,00) e massa ao limone com salmão (R$69,00), todos muito saborosos e bem servidos. Para agradar nosso paladar doce, fomos logo para a sobremesa e ficamos babando na torta de chocolate, com sorvete de banana flambada e calda de caramelo salgado (R$28,00).. nuh! Comeríamos todo dia se pudéssemos. 

dica #aquipertin: para quem quer um ambiente mais agitado, conhecemos também o Quintal, que é um bar com música ao vivo na entrada da cidade. Além da boa animada, a cerveja é geladíssima e destaque especial para as ripas de costelinha com molho barbecue acompanhada de batata canoa com bacon e queijo (R$79,00 com 550g). Muito saborosa.

4 – Contato com a natureza

As preciosidades de Mariana não ficam só no Centro Histórico não. A natureza no entorno é exuberante e muito convidativa, seja para conhecer mais sobre a exploração do ouro, seja para um banho de cachoeira.

Visita à Mina da Passagem

A história de Minas e do ouro se confundem em Mariana e poder entrar em uma mina de exploração do século XVIII, a 120 metros do chão, é uma experiência única. A Mina da Passagem recebe turistas do mundo inteiro desde 1979 e embarcados em um carrinho de madeira super rústico, é possível percorrer os 315 metros de extensão dentro da mina.

Dentro da mina, os guias contam mais sobre a exploração, mostram as galerias e formações rochosas e te levam para conhecer um lago de água cristalina. As atividades de mergulho feitas no lago, que chega a até 240 metros de profundidade, são feitas apenas por mergulhadores profissionais (valor pago à parte). O passeio gira em torno de 40 minutos e custa R$180,00 a inteira e R$90,00 a meia entrada (março/22). Para mais informações, acesse o site oficial.

Cachoeiras

A região de Mariana é composta por diversas cachoeiras e trilhas de observação. Tivemos a oportunidade de visitar a Cachoeira da Serrinha e é um visual incrível. 

A cachoeira está localizada a 5 km do centro da cidade e com uma trilha em torno de 5km, que pode ser feita a pé, de bicicleta ou de carro.  A trilha não é 100% sinalizada, mas muitas pessoas fazem por conta própria e é bastante movimentada nos finais de semana. O acesso para quem vai de carro tem alguns trechos estreitos e desnivelados, mas é possível fazer com carro regular em períodos de estiagem. Em períodos chuvosos, mais indicado uma 4×4, hein?

dica #aquipertin: por mais que o acesso de carro chegue bem próximo para a cachoeira, a descida íngreme pelas pedras é um problema para quem tem mobilidade reduzida e para as crianças muito pequenas. O local não tem nenhuma estrutura de banheiros e restaurantes e é de acesso livre e gratuito. 

Para saber mais sobre este e outros destinos, siga o @aquipertin no Instagram.