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No campo, famílias e comunidades tradicionais buscam produzir o melhor que a terra pode oferecer, de forma harmoniosa com a natureza. Na cidade, as pessoas procuram cada dia mais um alimento saudável e de procedência confiável. Atentas a esse arranjo, duas amigas resolveram criar a Casa Horta. Um local que funciona como uma ponte entre esses dois universos no bairro Santa Efigênia, na Zona Leste de BH. Hortifrúti variado, aliado a um empório de produtos naturais, onde se usa o mínimo de embalagens possível. O estabelecimento é abastecido por mais de 200 agricultores familiares de produção agroecológica de todo o Estado.

“Queremos incentivar um sistema alimentar mais justo, saudável e sem agrotóxicos. Aqui, a forma de produção dos alimentos dialoga com a natureza. As relações estabelecidas valorizam todos os envolvidos, e o consumidor confia no produto que leva para casa”. Esse é o conceito que as donas Fernanda Vidal, de 33 anos, e Clara Luiza Lacerda, de 30 anos, querem passar para quem visita o lugar.

Apesar de terem aberto as portas há apenas quatro meses, as duas amigas trazem a história da Casa Horta há muito mais tempo. Durante quase 10 meses, as idealizadoras viajaram todas as regiões do Estado para conhecer as localidades, apresentar o projeto para as pessoas e propor uma parceria com quem se interessasse pela ideia. Clara adiciona que o processo de visitação aos agricultores familiares foi essencial para que pudessem alinhar com cada um como seria feita a compra e o transporte dos alimentos.  

Além de fortalecer a alimentação saudável, a Casa Horta ainda é um empreendimento inovador para a capital mineira. “Nunca encontramos na região um espaço que oferecesse alimentos frescos de forma fixa que não fossem as feiras de ruas, mas que só acontecem em dias esporádicos”, comenta Fernanda.

Direto do campo

No sul de Minas, no município de Boa Esperança, um casal recém-casado de agricultores familiares recebeu a visita das sócias Clara e Fernanda. O que elas levavam na bagagem? Um convite para que os dois fizessem parte da Casa Horta. “Depois que elas visitaram o nosso sítio, o Rancho Tamanduá, elas foram com a gente em alguns acampamentos que também produziam de forma orgânica e agroecológica, como a gente, para apresentar o modelo de comercialização”, explica Rosa Maria de Jesus, de 23 anos.

Há um ano casados, e o mesmo tempo morando na atual propriedade, o casal, que tem o certificado de produtor orgânico pela Orgânico Sul de Minas (OSM), cultiva de tudo um pouco na propriedade. “Temos frutas, hortaliças, verduras, flores, ervas medicinais e temperos. Além de vender para o Casa Horta, também participamos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, esclarece Lucas Muzzi, de 30 anos. 

Da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

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