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Conceição Evaristo se torna Doutora Honoris Causa pela UFMG; cerimônia acontece na próxima segunda (29) em BH

Autora de sucessos como "Olhos d'Água" receberá o título em cerimônia no campus Pampulha, em Belo Horizonte


Créditos da imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Conceição Evaristo falando Mineira criou o conceito de "escrevivência", entrelaçando memória pessoal e experiência coletiva em sua escrita

Mariana Cardoso Carvalho

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25/09/25 às 12:01 - Atualizado em 25/09/25 às 14:23
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Na próxima segunda-feira (29), a escritora mineira Conceição Evaristo será laureada com o título de Doutora Honoris Causa pela UFMG. A solenidade está marcada para as 19h, no Auditório da Reitoria (Campus Pampulha), e a entrada é gratuita. Autora de romances, contos, ensaios e poemas que se tornaram referência na literatura brasileira contemporânea, ela é reconhecida por criar o conceito de “escrevivência”, que mescla experiências pessoais e coletivas como base de sua produção literária.


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A concessão do título foi aprovada em abril pelo Conselho Universitário da UFMG e integra as ações que marcam o centenário da instituição, a ser comemorado entre setembro de 2026 e setembro de 2027.

Conceição Evaristo já foi homenageada com o mesmo título pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2024, e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em abril deste ano. No caso da Ufes, tornou-se a primeira mulher negra a receber a honraria.

A belo-horizontina também é a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia Mineira de Letras, onde está desde 2022. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas e estudadas em universidades dentro e fora do Brasil.

Trajetória

Nascida na favela do Pindura Saia, em Belo Horizonte, no dia 26 de novembro em 1946, Maria da Conceição Evaristo de Brito publicou seus primeiros textos em 1990, na série “Cadernos Negros”, organizada pelo coletivo Quilombhoje, de São Paulo. Seu primeiro romance, “Ponciá Vicêncio”, foi lançado em 2003, quando a autora tinha 57 anos.



Em seguida, vieram títulos como “Becos da Memória” (2006), “Poemas da Recordação e Outros Movimentos” (2008), “Insubmissas Lágrimas de Mulheres” (2011) e “Olhos D’Água” (2014). Mais recentemente, lançou “Macabeá: Flor de Mulungu” (2023). É uma das vozes mais influentes no debate sobre literatura, gênero e raça no país.

Serviço

  • Quando: segunda-feira, 29 de setembro, às 19h
  • Onde: Auditório da Reitoria da UFMG – Belo Horizonte (MG)