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Cartão predomina mesmo com alto custo do crédito

<p>Meio eletrônico reina no comércio e consumidor deve ficar atento à elevação dos juros</p>



Créditos da imagem: SXC Photo
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SXC Photo
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:37
Atualizado em 01/02/19 às 19:28

O uso do cartão de crédito continua em nível elevado na capital mineira. Na pesquisa Balanço do Crédito do Comércio Varejista de Belo Horizonte, realizada pela Fecomércio/MG, o índice de uso das maquininhas de cartão representou 81% das vendas a prazo. O índice é estável em relação ao mês anterior, porém é um alerta para o uso consciente em tempos de pressão inflacionária e juros mais altos. O uso do cheque pré-datado teve ligeira elevação, de 10% para 12%. O percentual de vendas feitas a prazo no comércio varejista de Belo Horizonte é de 70%.

Os números de julho de 2013 são bem diferentes que há três anos. O cartão de crédito era usado com menos frequência, 65%. Os cheques pré-datados eram mais comuns na praça, com 22% das operações. Isso indica que a preferência pelos meios eletrônicos de pagamento cresceu de maneira considerável. A praticidade, agilidade, benefícios com programas de milhagens e o baixo risco para os empresários do comércio faz com que o crédito via cartão seja mais presente.

Porém, o economista da Fecomércio/MG, Gabriel de Andrade Ivo, orienta o consumidor a ter cuidado ao tirar o cartão da carteira. ?A tendência em curto prazo é que o crédito fique cada vez mais caro. Com o aumento da taxa básica de juros para frear a inflação, os juros vindos de um atraso no pagamento de faturas do cartão aumentam, sendo que eles já são muitos elevados?, explica

O cartão de crédito próprio (private label), comum em grandes redes varejistas, ficou com 4,3% das vendas a prazo. Esses cartões estreitam o relacionamento, especialmente com o público de menor renda, ao garantir liquidez e posicionamento social. Além disso, fazem uso do recurso ?volta às lojas? para efetuar os pagamentos das parcelas abrindo possibilidades de novas compras. Com o mesmo percentual ficaram os boletos ou carnê de lojas. Nessa forma de pagamento, predominam os prazos dilatados. Ainda que a taxa de juro média cobrada no carnê seja em torno de 6% ao mês, o número de parcelas mais utilizadas são 24, representando 38,5% das operações realizadas.

Com Fecomércio/MG