Economia

Cara para morar? BH está entre as capitais que mais despertam dúvidas sobre custo de vida

Levantamento indica que buscas sobre valores de aluguel, transporte e alimentação fazem da capital mineira uma das mais pesquisadas do Brasil


Créditos da imagem: Reprodução/PxHere
Valor médio de aluguel em Belo Horizonte é de R$ 46,85/m² Valor médio de aluguel em Belo Horizonte é de R$ 46,85/m²

Mariana Cardoso Carvalho

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29/09/25 às 14:03 - Atualizado em 29/09/25 às 14:13
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Quanto custa morar em Belo Horizonte? A dúvida ganhou ainda mais relevância nos últimos meses. Um levantamento da Universal Software, plataforma de gestão imobiliária, aponta que a capital mineira está entre as cinco cidades brasileiras mais pesquisadas no Google quando o assunto é custo de vida e moradia.


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O dado acompanha uma tendência mais ampla. De acordo com pesquisa do Datafolha, um em cada quatro brasileiros pretende mudar de endereço em 2025. Essa intenção se reflete no ambiente digital: foram mais de 1 milhão de buscas em 12 meses sobre os custos de morar em diferentes capitais.

No caso de Belo Horizonte, o valor médio de aluguel é de R$ 46,85 por metro quadrado. O índice fica abaixo de São Paulo, que lidera o levantamento com R$ 57,59/m², e próximo ao de Brasília, com R$ 46,80/m². O equilíbrio de preços, somado a fatores como vida cultural intensa, gastronomia reconhecida e proximidade com cidades históricas, ajuda a explicar a presença de BH entre as capitais mais consultadas.

Lista reúne as 12 cidades que mais despertam dúvidas sobre custo de vida | Divulgação/Universal Software

Transporte público entre os mais caros

BH figura na lista com a segunda tarifa mais alta entre as capitais analisadas. São R$ 5,75 — valor superado apenas por Florianópolis, onde os passageiros desembolsam R$ 6,90. A passagem é mais cara do que em Salvador (R$ 5,60), Rio de Janeiro (R$ 4,70) e Recife (R$ 4,28).

Alimentação e custo de vida

Embora Belo Horizonte não componha a lista das capitais com cesta básica mais cara, o cenário nacional mostra que a alimentação continua a pesar no orçamento familiar. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que, em agosto, uma família de quatro pessoas precisaria de R$ 7.147,91 para suprir suas necessidades, quase cinco vezes o salário mínimo vigente. Mesmo em cidades com aluguel relativamente acessível, a soma de despesas compromete, portanto, o poder de compra.