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Academia do Café no Fartura BH

Workshop sobre a origem do café foi ministrado por Bruno Souza



Créditos da imagem: Banco de imagens
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O café é um dos produtos típicos de Minas Gerais
Redação Sou BH
21/01/15 às 20:27
Atualizado em 01/02/19 às 20:00

Por Camila de Ávila, jornalista Sou BH

Quem não gosta de um café passadinho na hora? Aquele aroma gostoso? O café é muito importante na história e cultura brasileira. Na década de 1980, a bebida era mais comercializada que o petróleo aqui no Brasil. No Festival Fartura, que termina hoje (28), na Praça Mendes Junior, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, a Academia do Café, de Bruno Souza, apresentou um workshop sobre a bebida ontem (27).

A família de Bruno trabalha com café há muitos anos. “Meu bisavô produzia e comercializava café. Meu pai tem 94 anos e continua à frente da fazenda de Café da família”, conta. De acordo com o cafeeiro, a pessoa que gosta de tomar um cafezinho não é aquela que degusta a bebida. “Estas pessoas são as que prestam atenção no café, que tem prazer em tomar a bebida”, explica.

O café para ser degustado é o chamado café especial e, de acordo com Bruno, este não é fácil de ser encontrado. “É como boi, uma fazenda de café não consegue produzir somente café especial, de acordo com a SCAA -Specialty coffee Association of América somente 10% do café produzido no mundo é especial”, explica. Bruno usa a analogia com o boi para elucidar o que é um café especial. “Se compararmos o café com cortes de carne, a bebida dita especial seria as de primeira, onde alguns cortes como o filé ou a picanha, são considerados os melhores”, afirma. Ainda de acordo com o proprietário da Academia do Café, normalmente o produto encontrado no supermercado é de baixa qualidade.

Segundo Bruno, os países que se dedicam à produção de café oferecem bons produtos. “Não dá para afirmar como o café conquista o seu fã, se é pelo cheiro ou gosto. Cada país oferece um café com características sensoriais diferentes”, diz. Atualmente, Minas apresenta 25% da produção de café Arábica no mundo.

No Fartura, Bruno faliu sobre a história da bebida, origem das primeiras casas de café como um ponto de encontro de intelectuais e artistas. Na Academia do Café os cursos mais procurados são a certificação internacional Q- grader e o de barista iniciante.