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Mineiros são o 3º maior público de resorts

Para enfrentar um 2015 de perspectivas sombrias, as unidades brasileiras apostam em atrativos especiais nas datas comemorativas



Créditos da imagem: Reprodução
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Mineiros estão em terceiro lugar nos resorts da Bahia, da Iberostar
Redação Sou BH
03/03/15 às 14:51

Por Daniela Maciel do Diário do Comércio

Semestralmente o diretor de Marketing e Vendas do Grupo Iberostar Hotels & Resorts no Brasil, Orlando Giglio, visita Belo Horizonte para cuidar de perto do público mineiro, que nas estatísticas é o terceiro que mais frequenta os empreendimentos da empresa no país.

O grupo é dono de dois resorts na Bahia - o Iberostar Bahia, inaugurado em 2006, e o Iberostar Praia do Forte, inaugurado em 2008. Antes deles, em 2005, o grupo espanhol começou as operações no Brasil com o Navio Grand Amazon. O navio-hotel navega durante todo o ano pelos rios Negro e Solimões e já recebeu mais de 120 mil turistas desde então. A viagem começa no porto de Manaus e tem duas opções de trajeto: um cruzeiro de três noites (sexta a segunda) pelo rio Solimões e outro de quatro noites (segunda a sexta) pelo rio Negro.

O navio de 2,2 mil toneladas e 70 pés tem 73 cabines de 23 metros quadrados e duas suítes de 50 metros quadrados distribuídos por três decks para passageiros. A área de lazer dispõe de dois restaurantes, dois bares, salão, duas piscinas e sala de fitness. Tudo parte do sistema all inclusive, que inclui o valor da tarifa, hospedagem, alimentação e bebidas nacionais e importadas, além de excursões e apresentações artísticas. Cerca de 60% dos turistas são brasileiros.

"Os mineiros são um público muito importante para a Iberostar. Nos resorts da Bahia estão em terceiro lugar, atrás apenas de São Paulo capital e o interior de São Paulo. No Grand Amazon estão em segundo, após os turistas do Rio de Janeiro. Temos um representante em Belo Horizonte, mas estar aqui é um momento especial. O mineiro cultiva a boa conversa, o contato próximo, pessoal. Vir aqui é rever parceiros e amigos, ouvir opiniões e aprender também", afirma Giglio.

No Brasil, o grupo prepara para o primeiro semestre de 2016 a entrega de mais um resort, dessa vez em Alagoas. O Iberosar Magia Maceió pertence à categoria cinco estrelas e conta com 250 quartos. Sua localização estratégica na orla vai fortalecer a cadeia hoteleira que aposta em seu crescimento no Brasil. O acordo para a administração do complexo foi assinado em 2013 e o investimento foi de US$ 25 milhões.

O destino Brasil continua bem cotado no exterior, atraindo, inclusive, a cobiça de rede concorrentes, embora os investimentos tenham perdido a velocidade impactados principalmente pelos altos custos impostos pelo país. Atenta a esse cenário, a Iberostar busca novas oportunidades no país. O foco agora se volta para o Estado de São Paulo. "No Brasil estamos olhando outras oportunidades, seja para resorts ou hotéis de cidade, com perfil corporativo. Tanto pode ser um terreno para levantarmos o empreendimento do chão ou a incorporação (total ou parcial) de um espaço já construído", explica o diretor.

Um dos maiores atrativos, segundo Giglio, é o sistema all inclusive, que é diferente da pensão completa. Todas as despesas com alimentação e bebidas, taxas e gorjetas estão incluídas na diária. "Em tempos de economia complicada isso fica mais importante porque a pessoa sabe exatamente o que vai gastar.  muito bom principalmente para quem viaja com criança.  difícil negar qualquer coisa para um filho, principalmente nas férias, então o sistema é muito bom porque você fica à vontade e sabe exatamente o que vai chegar na fatura do cartão de crédito", destaca o gestor. 

Internet - A compra on-line também caiu no gosto dos brasileiros, por isso a rede fez investimentos no canal de vendas diretas. Passados três anos, a internet já é responsável por 11% dos negócios realizados no país. "Uma tendência dentro e fora do Brasil. A comodidade é o principal atrativo. O tipo de reserva que mais cresce. Quando começamos correspondia a 2% das nossas reservas".

Para enfrentar um 2015 de perspectivas sombrias, as unidades brasileiras apostam em atrativos especiais nas datas comemorativas, promoções na baixa temporada e no público corporativo. "Trabalhamos com previsão de crescimento em 2015. Além do nosso público de lazer, investimos no corporativo para manter a ocupação na baixa temporada. O nosso índice de repetência é de 4,5, (o turista volta 4,5 vezes aos empreendimentos do grupo), o que é considerado muito bom", destaca.