Carnaval sem acidentes! Campanha faz alerta sobre os riscos de beber e dirigir
Só no ano passado foram registrados mais de 4 mil acidentes em Minas, causados por motoristas embriagados
Carnaval é época de aproveitar e se divertir, mas a
precaução deve permanecer como o adereço mais importante. E, neste período, os
foliões costumam exagerar no consumo de bebidas alcoólicas. Por isso, a Estação
Vilarinho recebe, nesta sexta (1º), às 9h, a Campanha Carnaval sem Traumas
para orientar sobre os perigos de dirigir após o consumo de bebidas alcóolicas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), durante a folia, as cirurgias por traumas sobem entre 40% e 60%. Para conscientizar a população, a ação, que tem como slogan Álcool No Volante: Uma Dupla Que Não Dá Samba, é uma parceria da SBOT, com a CBTU e, vai distribuir folhetos informativos com mitos e verdades sobre o consumo de bebidas alcoólicas.
Outros alertas importantes
Bebida e direção formam uma mistura perigosa e fatal no
trânsito, além de trazerem problemas posteriores para o condutor. Os efeitos da
substância no corpo humano são duradouros e não devem ser subestimados. Segundo
a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), um copo de cerveja,
por exemplo, demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo organismo. As
variáveis fisiológicas, como idade, gênero e condições físicas, também
podem interferir no tempo em que o álcool permanece no corpo.
Mesmo depois de algumas horas, o álcool continua a afetar o
cérebro, prejudicando a coordenação e capacidade de tomar boas decisões ao
volante. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em 2018,
entre janeiro e novembro, foram registrados 4.467 acidentes de trânsito com a
causa presumida de dirigir embriagado.
As penalidades
O diretor do Detran-MG, delegado-geral Kleyverson Rezende,
explica que dirigir embriagado implica em infração de trânsito e dependendo do
nível de álcool constatado na hora do teste do bafômetro, pode ser
considerado crime de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Atualmente, até mesmo a recusa do teste do bafômetro
constitui infração. A embriaguez ao volante também pode ser constatada pelo
policial, observando a capacidade psicomotora do condutor. Se no teste de
embriaguez, o etilômetro (conhecido popularmente como bafômetro) marcar mais que 0,33 mg/l, o condutor será conduzido à delegacia.
Alguns dados
Em Minas Gerais, no ano passado, foram registradas 17.683 infrações por dirigir sob a influência de álcool e 6.511 infrações pela recusa do bafômetro, de acordo com dados do Detran. Em 2017, foram 17.621 infrações por dirigir embriagado e 5.905 pessoas foram autuadas por se recusarem a fazer o teste de alcoolemia.