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Feriado em 9 de julho? Entenda por que data cívica só vale folga em um estado

Data celebrada nesta terça-feira tem importância histórica e simbologia restrita


Créditos da imagem: Reprodução de internet
Cartaz de convocação para alistamento de voluntários durante levante de 1932; estado de São Paulo fundou e comandou revolta armada

Redação Sou BH

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08/07/24 às 09:00
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O começo de mais uma semana traz no ar a conversa sobre um feriado que pode confundir os mineiros. Mas, afinal: é feriado em BH nesta terça-feira (9 de julho)? A resposta é não. A data conta como feriado em todas as cidades de São Paulo, mas não é comemorada em BH ou qualquer outra cidade fora do estado paulista. 

Isso ocorre porque o 9 de julho marca a celebração pela Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento armado que tentou derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas (1882-1954), poucos anos após a queda da República Velha. 

O levante começou em São Paulo e teve a maior parte de seus desdobramentos restrito ao estado, que até hoje considera o dia em que a revolta teve início como a data cívica mais importante de sua história. Por lá, o 9 de julho foi transformado em um feriado estadual em 1997.

Resultados do levante armado

O levante contra o presidente, que havia tomado o poder dois anos antes por meio de um golpe de Estado, teve início na capital de São Paulo e foi tocado por tropas paulistas. Os líderes da revolta contavam com a adesão de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso ao movimento, o que não ocorreu de maneira expressiva. Eles acabaram enfraquecidos e foram rendidos em 2 de outubro de 1932, menos de três meses após o início do que chamavam de revolução.

Ao longo de 87 dias em conflito, a Revolução Constitucionalista registrou o saldo oficial de 934 mortos, com estimativas que apontam até 2200 fatalidades como resultado do embate. Apesar de derrotado, o movimento conseguiu pressionar o Executivo a convocar uma Assembleia Constituinte, que mais tarde promulgaria a Constituição de 1934. Ambos os resultados, porém, seriam anulados mais tarde por Vargas durante a ditadura do Estado Novo, que durou de 1937 a 1945.