Mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia" acontece entre os dias 12 e 29 de dezembro com filmes de Satyajit Ray, Edward Yang e Abbas Kiarostami
Entre os dias 12 e 29 de dezembro, o Cine Humberto Mauro (av. Afonso Pena, 1537 – Centro) apresenta a mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia”, com exibição de obras de três dos mais importantes cineastas asiáticos: Satyajit Ray (Índia), Edward Yang (Taiwan) e Abbas Kiarostami (Irã). Todas as sessões são gratuitas, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do início das sessões. Após a temporada no Palácio das Artes, a mostra será exibida também em Congonhas, em janeiro. A programação completa está disponível no site do Cine Humberto Mauro.
Destaques da programação
A programação oferece uma seleção de filmes que expõe uma visão particular dos autores sobre os seus respectivos países, revelando uma Ásia multifacetada. O público poderá conferir obras marcantes de Kiarostami como “Onde Fica a Casa do Meu Amigo?” (1987), “Close-Up” (1990) e o curta “O Pão e o Beco” (1970). Entre os filmes do cineasta Satyajit Ray destacam-se “A Canção da Estrada” (1955), “O Invencível” (1956) e “O Mundo de Apu” (1959), que formam a “Trilogia de Apu”. Além disso, também serão exibidos os filmes de Edward Yang como “Um Dia Quente de Verão” (1991) e “Os Terroristas
Facetas do cinema asiático
A escolha dos cineastas foi realizada a partir da representação de suas visões sobre os seus países de origem, traçando um panorama de uma Ásia menos conhecida do público. Apesar da relativa proximidade geográfica, as regiões possuem contextos e trajetórias históricas muito únicas. Inspirados pelo neorrealismo italiano, esses diretores retratam suas realidades de uma forma muito próxima e sensível. “Os três diretores são amplamente influenciados pelo neorrealismo italiano, um movimento cinematográfico que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, no qual os cineastas saíram às ruas para filmar a realidade que acontecia no país. Ray, Yang e Kiarostami, a partir disso, produziram obras que se relacionaram com as realidades de seus respectivos países e trouxeram uma sofisticação formal que reverberou internacionalmente”, explica Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e curador da mostra.
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