Manifestação de caminhoneiros causa 13 interdições em rodovias federais de MG

As rodovias federais de Minas Gerais registram na manhã desta segunda-feira (21) 13 interdições causadas pelo protesto dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), trechos das BRs 040, 381, 262 e 251 apresentam lentidão no tráfego e, alguns deles, já se estendem por mais de 12 horas. 

Nos arredores de Belo Horizonte, as interdições estão em Juatuba (BR 262), com quase 13 horas de manifestação, em Igarapé, com quase 12 horas e em Esmeraldas. Na BR-040, em Ribeirão das Neves, o protesto durou quase 7h, mas a PRF às 11h20 informou que o trânsito havia sido liberado em ambos os sentidos.

Liminar

A Via 040, concessionária que administra a BR-040 no trecho entre Brasília e Juiz de Fora, informou por meio de sua página no Twitter que conseguiu uma liminar contrária aos eventos. Responsável pela execução da ordem judicial, a Polícia Rodoviária Federal informou que, agora, entrará em negociação com as lideranças do movimento dos caminhoneiros para a liberação pacífica da via, outras ações mais drásticas só serão adotadas em caso de falha no diálogo. "Respeitamos o direito de manifestação de todos, mas não podemos tolerar que os direitos de ir e vir dos usuários da rodovia sejam afetados", afirmou a Via 040 em seu comunicado.

Manifestação

Caminhoneiros de todo o Brasil se mobilizaram para protestar contra o aumento dos preços dos combustíveis. Organizados pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) e pela Confederação Nacional de Transportes Autônomos (CNTA), os motoristas anunciaram as paralisações na última sexta-feira (18). "O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis feita pela Petrobras, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios", disse a ABCam por meio de um comunicado.

Em um ofício enviado ao Executivo Federal, a associação ainda sugere a criação de um sistema que sane as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros, que incluiria:

- Um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo destinado ao custeio de um programa para aquisição de óleo diesel, sendo a sua principal fonte de recursos composta por qualquer contribuição que o governo federal achar conveniente, ou um

- Sistema de subsidio para aquisição de óleo diesel por parte dos transportadores autônomos.